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Coisas da vida
Onildo Rodrigues Soares

Depois de marcar um gol celestial
Sair em direção à torcida
Numa comemoração enlouquecida
Pai, mãe, tia, amigos e colegas de trabalho
Comentavam suas habilidade des jogador

Mas a mãe
-Vai ser doutor, médico, engenheiro ou advogado
O pai
-Jogador, depois que parar, locutor!
E os demais
-Ô Virundum, faz mais um!

Desejo de pai é dilema
Desejo de mãe é falena
Dos amigos é esquema
Para chegar perto da fama

O diabo o maldito ama
Choro de fraco é na cama
Riso de forte é tufão
Por este mundão Virundum estreou como jogador
Gols celestiais marcou

Mas nunca namorou
Mas nunca casou

Fama, Virundum ganhou
Dinheiro, em dólares faturou
Casas, carros pros pais e irmãos comprou
Sempre foi artilheiro por onde passou

Perto dos trinta
Após muitos anos de Glória
De ter feito história
Uma notícia triste ecoou
Virundum suicidou!

Perto do seu corpo alguém encontrou
Um bilhete com o último pedido
Para ser sepultado em sua cidade natal
Onde Zezinho, um cara legal
Ia ler a mensagem final

Durante o velório
Muito discurso notório
Autoridades e despertistas lotou
A pequena cidade onde o claque começou

Zezinho apareceu de madrugada
Despertando ma moçada curiosidade sem fim
Parecia ter discurso afinado
Mas embora enquerido por jornalistas, pais e cunhados
Permaneceu calado até no outro dia

Quando com até euforia
Uma multidão o caixão de Virundum acompanhou
Agora prestem atenção
No que o Zezinho falou:
Num túmulo perto do caixão de Virundum subiu
E com autoridade de quem o amou
Um papel do bolso tirou

...Por todos esses anos suportei
A fama de Virundum
Porque tinhamos aposta comum
De quem seria mais famoso
E esta aposta, senhores, agora ganhei
Porque o Virundum famoso
Fui eu que matei!


Biografia:
Escrever é fácil, o difícil é entender.
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