Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
LIRA E A GRAVIDEZ
Donária Salomon

O tempo da gravidez se extinguia, o comportamento de Lira sob todos os aspectos era sadio e confiante. Desde o início quando soubera tornara-se cautelosa é lógicos que em alguns momentos seu temor aparecia e qual mulher em seu estado não temeria? Devido à situação isso é o que se poderia chamar de cama mal feita, se tivesse conduzido melhor sua vida não estaria presa nessa engrenagem... Ela   levantava todas as manhãs, olhava o tempo através da janela, porém era no interior da casa que permanecia quase todo o tempo a trabalhar.
O tempo de descanso aproveitava para fazer o enxoval do neném, tinha intuitivamente a certeza de que seria um menino. Passava as tardes junto da irmã confeccionando roupinhas com os retalhos das sobras de tecidos das freguesas de Olinda. Quando as graciosas camisinhas, adornadas de rendas pregadas a mão, bordadas com ponto atrás e rococós feitos com a linha Varicor ficavam prontas. Poderia dizer que foram compradas em alguma loja especializada em roupas de bebê. Lira tinha alguns desejos, nada estranhos e jamais em horários inoportunos, por exemplo, um anseio de comer pão com margarina( Claybom), o desejo mais extravagante foi comer salsa com sal e vinagre e chupar laranja azeda. Na ocasião foi informada que quando sua mãe á esperava comeu muita manga verde com sal. Assim ficou sabendo que o caminho seria esse mesmo. Coisas de grávidas que acontecem sem o porquê, assim feitos os enjôos do cheiro de feijão na primeira fervura do cozimento.
Desentocou algumas revistas que escondera no seu armário folheou O Cruzeiro e releu as fotonovelas de Grande Otelo e Sétimo Céu, não diziam nada para o momento que ela estava vivendo, o bom mesmo era queimá-las como seu noivo fez com muitas da sua coleção. Não renunciou as vontades individuais, porque não as tinha, poderia ser atriz, gostava de cantar, apreciava as belas canções, talvez ser professora uma vontade de criança, tudo isso se tivesse tido oportunidade ou pelo menos algum alicerce educacional, financeiro... Estava ali recuada no conhecido seio familiar, aparentemente seguro... Fora criada para a dependência. Porém não se convencia que sua vida fosse igual à de muitas mulheres que conhecia e se lamuriavam numa tristeza infinda, com o semblante de raiva e nojo quando relatavam suas angustias, batiam a saia e o pé no chão, socavam partes do corpo numa tentativa de expressar seus sentimentos, dizendo: Ah! Meu Deus se arrependimento matasse. Seria um absurdo imaginar que Lira   fosse desanimar.Tropeçava balançava, mas não caía. Quanto mais as lágrimas desciam pelo seu rosto, mais forte ficava, na idéia exagerada de conseguir fazer tudo que lhe convinha com as habilidades que desenvolveu acima de tudo para manipular seu ambiente com confiança e capacidade para fazê-lo, uma dedicação cega crendo ser o casamento o meio indispensável para a construção do lar.
Suas lágrimas jorravam com profunda dor do seu coração, via seus sonhos, vontades, escaparem pouco a pouco do seu alcance.

O humor de Olinda era desolador não parecia satisfeita por estar naquela casa. Mostrou-se irritada com a situação da irmã e a limitação dos recursos domésticos.   Qualquer dificuldade lavava a língua em Lira.”Viu o que você fez? Se tivesse arrumado um emprego como lhe propus estaria livre dessa situação”.
Quando via o olhar de Lira se compadecia, brincava: _Comeram a azeitona de sua empada. Lira respondia numa mistura de choro e riso: _Comeram ou colocaram.
_Quem poderia imaginar que o sujeito fosse escapulir por entre seus dedos, isso é o que se chama galã que engana a mocinha.
        O rosto de Lira deixava transparecer que não se incomodava com a postura da irmã que com toda razão sofria tanto quanto ela, pois no fundo sempre desejou o melhor para ela... Deu uma sacudida na irmã ao esclarecer:
_Não ia adiantar sair de casa, deixar papai e os meninos sozinhos, para ganhar dinheiro, ficar o tempo todo preocupada e a qualquer momento, de algum modo apareceria o meu predestinado, cheio de boas intenções e me tiraria do emprego. Casaria. Tão protegida, continuaria sustentada e alimentada pela felicidade conjugal Não da no mesmo? Que outra circunstância seria mais ideal para a mulher   brilhar, se não for a de dona de sua casa?
A irmã respira fundo e argumenta:
_Você é quem sabe, alias já fez a burrada. Eu sei que vou me casar de véu e grinalda, acho lindo o casamento na igreja.
_Mana, vou ficar feliz sabendo que está realizando seus sonhos! Você sabe que casamento não falta para quem quer ser casar, nos temos exemplos de sobra, mais eu não pretendo viver dentro da pele de alguém feito às borboletas que sem vida própria necessitam das lagartas para voar, voar, voar...Também não teria prazer em rastejar. Afinal tenho capacidade de escolher o que quero fazer da minha vida. Essa era minha oportunidade infelizmente embarquei numa canoa furada. Não vou agora derrubar árvores para fazer outra canoa, o remendo esta aqui, não me custa tentar concertar a velha canoa. O fluxo de pensamento se interrompe e reconhece: _ Na verdade sempre estive á frente dos problemas emocionais de nossa família, aqui eu sou a menor, tenho que usar a força bruta como você sabe e muita agilidade. Sou a operária que faz a colônia funcionar...Alçar vôos e desenvolver a minha capacidade criando a minha própria família, esse é meu sonho.
_Há Mana não entendo você. Uma moça tão bonita!...E não fala do meu sobrinho dessa maneira, que eu vou contar tudinho a ele...

Os meses passaram sombrios e triste, dezembro chegava lento para o desespero de Lira inquieta com a vida de retraimento, entretanto, se contém, sempre preocupada com o filho, que em breve estaria em seus braços.
Domingo pela manhã Lira recebe a visita do ex-namorado. Desde aqueles dias passados na casa da irmã suas visitas foram constantes. Depois dela ter esclarecido a ele o motivo de não aceitar o seu pedido de casamento por várias razões, conversavam tranqüilamente, os laços de amizade se estreitaram, muita afeição semelhanças, pureza e simplicidades nos corações.
Quando Lira chegou no quintal respirou fundo o cheiro forte das folhas da cajazeira que a fez lembrar-se de jaca então perguntou:
_Será que tem jaca? O rapaz de imediato brincado se prontificou:
_ Espera? Que eu vou ver se tem, se não tiver eu planto um pé agora e mais tarde eu trago o fruto, mais você vai comer toda, mesmo que seja grande, para compensar o tanto que vou andar no sítio para encontrar uma do seu jeito.
_ Eu topo! Respondeu Lira
_Horas depois volta ele sorrindo com uma jaca enorme, Lira comeu de assustar a irmã e o rapaz que dizia: _Eu estava brincando.

À noite Olinda vai para a casa de Thereza.
       Madrugada da segunda feira, nove de dezembro de mil novecentos e sessenta e oito, Lira chama a cunhada porque estava com cólicas e saía uma espécie de baba com uma raia de sangue. A cunhada mandou que ela se arrumasse, havia chegado à hora.
_ Vou chamar Antônio para tirar a Kombi da garagem. Chegaram no Hospital Rocha Faria, o dia começava a clarear o silêncio só era quebrado pelo vôo dos pássaros que iam de uma árvore para outra. Logo Lira foi atendida e o médico falou que o parto só aconteceria dentro de algumas horas. Então pediu que a levassem até a casa de Thereza, assim poderiam trazer Olinda que havia dormido em sua casa na noite anterior.
        Quando chegaram na casa de Thereza, Olinda admira-se:

_ Foi só eu sair!
Antônio brinca: _Foi a jaca?
Lira sentindo dor e toda prosa por ter acertado nas contas.
._Eu não disse que nascia até o dia dez? Hoje são nove e o meu Papai Noel vai trazer o meu presente antes do de todo mundo.

Enquanto Olinda se arrumava, Thereza foi logo colocando um balde com água e uma barra de sabão virgem no fogão para dar um banho na barriga de Lira. Depois do banho, tomaram café, conversaram, Lira se queixou das dores, Antônio coçou a cabeça:
_ Está vendo o que você fez com esse banho? Agora vai miando feito uma gata. Thereza e Izaíde com experiência explicaram: “tem que doer”.
_Então vamos embora. Disse ele com pressa.
De volta ao hospital, o médico a examinou, e Lira foi encaminhada na mesma hora para enfermaria, encontrou muitas mulheres em trabalho de parto, umas gemiam, outras gritavam, pensou: Será que vou passar por isso também? Foi até o banheiro, precisava sair da enfermaria, entrou na água tomando um banho quente, a água corria-lhe nos seus longos cabelos lembrou de uma única visita que teve nesses meses de gravidez em que ficou enclausurada. Ao despedi-se de Lira D. Maria de Tininho, cariando seus cabelos fitou-a ternamente: Não tenha medo, você é forte, quando a dor chegar faça força que em dois tempos seu filho nasce e será tão forte e bonito quanto você. Com essa lembrança voltou para a cama, não conseguiu fazer força sentindo dor, quando a dor vinha ela segurava como se fosse só dela e não quisesse repartir com ninguém, quando aliviava fazia força até a dor voltar. Foi fazendo esse processo, contrariando os conselhos da senhora sua amiga. Não por desprezá-lo apenas porque achou mais cômodo e deu certo em menos e uma hora chamou a enfermeira para olhá-la. A enfermeira levanta o lençol e rapidamente:
_ Agüenta ir até ali, na outra porta? Sem esperar a resposta, a enfermeira a ajudou a levantar-se?
_ Então?   Está nascendo? Apreensiva, cansada perguntou.

Caminhou meio desengonçada, a enfermeira acomodou-a na cama de parto. O médico que estava dando os últimos pontos numa parturiente pediu para esperar, não fazer mais força, mas ao ver a coroação do neném, largou o que estava fazendo e foi fazer o parto de Lira. Nasce o menino, com quarenta e oito centímetros e pesando dois quilos e seiscentos gramas. Depois de exibir a placenta, pediu linha para dar os pontos à enfermeira trouxe a linha, o médico balançou a cabeça rejeitando, apontou para o armário dizendo: Esqueceu primeiro rima com carneiro.
Na enfermaria tinha uma conhecida da família que estava indo embora e certamente daria notícias e o pai de Lira ficaria sabendo da coragem e a força da filha.
No dia seguinte deixou o hospital. Enquanto descia para o pátio acompanhada de Olinda o sol subia lento, sua claridade ainda não atingia o pátio, grandes árvores soltavam suas sementes na umidade do solo. Lira ouviu o barulho dos vôos dos pássaros que iam de uma árvore a outra. Respirou fundo sentiu o ar fresco penetrar nos seus pulmões, e um calor de vida no seu colo, penetrado a sua roupa, molhando sua carne, Lira começou a beijá-lo. Olinda pega a criança apressada: Pare com isso, se não ele vai chorar! Mais quando sentiu o mijo do pequeno soltaram uma gargalhada. Antônio que aguardava sentado na Kombi arrancando com gestos rápidos os cabelos das narinas, sacudindo a cabeça: _Vamos embora meninas que eu não tenho tempo a perder.


Durante os primeiros dias de resguardo a todo o momento, esperava a visita de Sílvio. A tarde estava ensolarada, o umbigo do neném ainda estava presente, estava difícil esperar a visita dele, a ansiedade tornava-se maior, ela parecia não ter mais forças nem qualquer ânimo para suportar tanta espera, calada, sem demonstrar angústia, sofria, depois de ter sonhado com o quarto do bebê, cortinas nas janelas, berço com lençol de linho bordado, estava completamente desnorteada com o neném dormindo num banco da Kombi do irmão encostado a sua cama. Foi então que Lira desiludida, embora Olinda lhe dissesse que deveria parar de chorar, estendida na cama ao lado do filho chorando em meio às roupas de cama. O leite gotejando dos seios intumescidos e o suor minando em sua testa, ficou completamente descontrolada deitada de costas para a porta do quarto. Adormeceu exausta.
      Lira ainda deitada com os longos cabelos esparramados sobre o travesseiro. De repente, como se houvesse recebido um beijo, pareceu-lhe que o Sílvio estava ali no quarto e um calor a percorreu da cabeça aos pés Lira virou-se e deparou com ele de pé dentro do quarto a olhá-la. Lira custou atinar para o que estava acontecendo, pensou que estivesse sonhando. Quando olhou nos olhos dele teve a certeza da realidade, porém diante dos seus olhos parecia uma alucinação por se acostumar a vê-lo com as pálpebras cerradas. Não foi absolutamente tão romântico quanto Lira esperava.
_ Oi! Disse ele.
_ Puxa, como você demorou! O sofrimento afetava os dois, por isso o silêncio se fez presente. Durante quatro meses de espera Lira só pensava no abandono, não havia divergências entre os dois. Quando Sílvio ajoelhou-se ao lado da criança encheu os olhos de lágrimas, não disse nada, engoliu em seco e acenou com a cabeça.
_ Um menino. Acrescentou Lira respondendo à pergunta que não havia sido formulada
_ Você está bem?Perguntou ele.
_Minha irmã está ótima! Respondeu Olinda. O bebê precisa do pai e a mãe de muita atenção do marido. Ele lançou o olhar para Lira, havia um pedido de desculpas naquele tímido olhar.     
Era evidente que o bebê tinha uma boa saúde, acabara de tomar banho, estava cheiroso, com as virilhas brancas de talco, impecável na sua camisa cheia de rendas. Não precisava de grandes aparatos, o bebê por si só era robusto, rosado e de olhos castanhos.

_ Ele é nosso, Sílvio. Comentou Lira, fitando-o com os olhos cheios de brilho._ Eu gostaria que ele tivesse o seu nome, mas diante desse clima vou optar por Nardele, o que você acha?
_Você é quem sabe, vou deixar por sua conta. Onde estão todos?
_ Todos desapareceram a fim de nos deixar a sós. Ele riu com a expressão graciosa de Lira
_ Mas sem querer ser grosseira, por favor, para evitar encrencas só volte aqui para me buscar para o casamento. É isso que todos nós queremos.
Sílvio ficou ligeiramente desapontado, desviou os olhos dela. Um momento depois disse:
_ Está certo.
_ Agora vai, antes que chegue mais alguém, Olinda eu controlo, mas Norival e Elias não me arrisco, apesar de até agora a minha palavra ter sido a lei nesta casa. Diante das circunstâncias não vamos arriscar.
_ Acharei um jeito de me comunicar com você.
_ Mas vê se não facilita, tornado a desaparecer, temos muito que conversar.
Ele sorriu amistosamente e estendeu a mão num gesto de carinho.
_ Você estava a minha espera, foi muita gentileza.
_ Tem razão, eu estava a sua espera.
Depois de sentar-se com dificuldade e arrumar a camisola em torno das pernas acompanhou o olhar de Sílvio.
_ Sei que tenho tudo haver com isso.Se não fosse por minha causa, nada disso teria acontecido. Disse Lira em tom de curiosidade:
_ Gostaria que me contasse, foi tudo tão esquisito, tão diferente do que planejamos, conte-me tudo, talvez eu possa ajudá-lo.
Ele olhou para Lira, sentiu o impulso de falar, descarregar o peso terrível que o sufocava, em voz baixa ele disse:
_ Não deu. Simplesmente não deu. Lira ficou aturdida, mas conseguiu disfarçar, observou atentamente o rosto dele, tomou-lhe a mão, procurou acalmá-lo gentilmente.
_ É melhor que não diga nada por enquanto, do que tenha acontecido, não acha que a melhor coisa a fazer é tentar esquecer?
Sentiu-se subitamente revoltado, mas quase que imediatamente voltou a olhar Lira, despediu em voz baixa e solene:
_Espero que você cuide bem do menino enquanto eu estiver longe.
_Pode deixar que eu cuidarei, e você sabe disso perfeitamente. Deu uma última olhada no menino e saiu.
Era uma jovem mulher aos dezenove anos, tencionava ser gentil, orgulhava-se de ser prática, estava tentando ajudar, não se exasperou em momento algum, se fosse fundo cria que o desastre poderia ter mais vítimas por isso amenizou no seu propósito de reconciliação apesar das cobranças a todo instante de uma solução para o caso.
A recordação do parto, considerado um momento “torturante”, estava se desvanecendo, Lira se animava recuperando-se também do fracasso do casamento.
Três semanas se passaram, os pontos da incisão haviam sido absorvidos pelo organismo, caminhava, reclinava-se, contudo descobria que amamentar e cuidar do neném eram extremamente incômodos. À medida que suas forças foram voltando e sua vida aproximando-se do normal sentia-se ressentida com o interesse de Sílvio que até o momento havia mandado por uma amiga e vizinha o registro de nascimento do menino, Lira havia escrito um bilhete o apressando do contrário ela mesma o faria, pois dependia do documento para vacinar o bebê no posto de saúde. À medida que o Natal se aproximava, tornava-se mais descontente, inquieta, tudo parecia errado, não havia nada certo, queria resolver a sua vida que estava estacionada, porém sofrida.
A fim de distrair os pensamentos, folheou algumas revistas de romance que mantinha guardada. As estórias eram a sua própria estória. A mocinha que engravida é abandonada pelo galã que prometera casamento e depois desapareceu. Porém com a leitura aprendeu que na vida tudo se repete. Aconteceu no passado, se passa no presente e no futuro voltara acontecer. E concluiu que é no presente que se mexe para mudar o futuro. Diante dessa reflexão. Havia recebido os pontos na incisão de tripa de carneiro, mas estava decidida, só em parte... Serei uma ovelha!


Biografia:
Ainda não tenho.
Número de vezes que este texto foi lido: 61709


Outros títulos do mesmo autor

Poesias JÚLIA _2009 Donária Salomon
Poesias TRANSAR Donária Salomon
Poesias NA RUA Donária Salomon
Poesias MAL-ME-QUER _2009 Donária Salomon
Poesias OS ANOS NÂO DESVANECEM _2009 Donária Salomon
Poesias FOI O VERDADEIRO QUERER _2009 Donária Salomon
Poesias AO NOS ENCONTRAR _2009 Donária Salomon
Poesias O SINAL DE QUE JULIA VA NASCER_2009 Donária Salomon
Poesias CORAÇÂO ABERTO _2009 Donária Salomon
Poesias FOI POSSÍVEL ESQUECER _2009 Donária Salomon

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 82.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 63215 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 63177 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 63065 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 62976 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 62970 Visitas
Viver! - Machado de Assis 62958 Visitas
Negócio jurídico - Isadora Welzel 62952 Visitas
A ELA - Machado de Assis 62875 Visitas
PERIGOS DA NOITE 9 - paulo ricardo azmbuja fogaça 62846 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 62793 Visitas

Páginas: Próxima Última