Era manhã e os olhos
Ainda preguiçoso sob o
Resplandecer da alvorada
Viram-te aparecendo do nada.
Coração e mente reviveram
Anos num instante;
Pueris imagens sufocaram
O peito e num ímpeto, lhe quis
Como se antes tivesse sido minha.
Agora, efígies não vividas
Invadem-me a alma que,
Em abastança vazia
Nutre-se do passado
Que nem se quiser existiu.
27 de novembro de 2008, 18h.
Robério Pereira Barreto
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