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🔴 Termos alienígenas
Rafael da Silva Claro


Tudo estava o circo de sempre. A GloboNews nos oferecia o pior do jornalismo. Quando tem dinheiro público, qualquer discussão tem que ser unânime na mentira. Mas surgiu uma voz discordante, insistindo na inclusão de uma verdade inconveniente.

A colega de “bancada”, não suportando um diferente entre os iguais, sacou seu coringa (carta) identitário: alegou que o contraponto masculino era “mansplaining” (quando um homem explica algo a uma mulher); no entanto, tudo indica, ela quis dizer “manterrupting” (quando um homem interrompe a fala de uma mulher).

Quem assistiu à cena sentiu uma vergonha alheia. O argumento é covarde porque encerra qualquer discordância, portanto, quaisquer debates. De tão infantil, a jornalista gastou o estrangeirismo fora de hora e de contexto, ou seja, foi açodada e errou.

Detalhe, uma “influenciadora, num programa de auditório, “lacrou” utilizando os mesmos, lá vai, argumentos. A “lacração” foi uma demonstração de falta de educação e excesso de arrogância, então, a própria “influencer” se arrependeu do show. Logo, a correspondente internacional da GloboNews poderá desculpar-se publicamente.

Essa TV a cabo quis entregar notícias áridas de um jeito informal; porém exagerou na receita e virou um programinha de fofocas do poder; para piorar, a verba governamental contaminou as opiniões.

Há um desprezo a estrangeirismos que sinalizam jargões profissionais (marketing), lugares-comuns (palestras de coachings) e importações linguísticas. Entretanto, eu sou a favor de palavras estrangeiras, pois muitas descrevem com exatidão determinados eventos, ações e objetos (briefing, delete e mouse); mas as palavras em discussão (mansplaining e manterrupting) tratam-se de importações de agendas identitárias.

Infelizmente, jornalistas invertem a lógica, disseminando as diretrizes ideológicas que interessam ao partido do governo federal, bem como, seus satélites: PC do B, PSOL. MST, algumas ONGs etc. Como cães farejadores, que exaltam-se quando descobrem cocaína sem saber que encontraram entorpecente; os “amigos do rei” espalham estrangeirismos e adjetivam pejorativamente os “inimigos do rei” sem sequer saber o significado do que dizem.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
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