Guarde seus rifles e tocaias,
seus tanques de guerras imaginárias,
suas pistolas ponto quarenta,
granadas pra mais de noventa,
enfie tudo num saco
e jogue no rio da perdição,
segure forte seu punho
para que ele não jogue fora seu coração...
Somos humanos demais para tanto aço,
somos compasso demais e temos abraços
que ainda não foram dados,
temos beijos escondidos nas bochechas,
piscadas de olhos, temos a maior certeza
de que se não fossem os coldres
e os coletes à prova de bala
estaríamos, agora,
a beber vinho e ler poesia,
neste momento,
numa sala...
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