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Luís Roberto Barroso cantando ‘Evidências’, da dupla Chitãozinho & Xororó, foi impagável. Esse... ministro já foi avistado cantando outras vezes, mas sempre mantendo uma certa postura. Contudo, esse vexatório episódio foi esteticamente lamentável. Vendo aquilo, confesso, me trouxe lembranças que muitos vão se identificar. A escolha do repertório lembra um aglomerado de bêbados em fim de festa ou de expediente, daqueles que é preciso manter uma distância segura.
Eu mesmo me envergonho de ter sido flagrado em situação análoga. Chapado, abraçando amigos e berrando alguma canção ridícula. Conheço bem esse roteiro, os próximos passos são: afrouxar o nó da gravata, tirar o paletó e derramar lágrimas copiosamente. Bem sei, as coisas não vão bem, a solução está em encher a cara com os amigos do bar, ou pelo menos o garçom.
No entanto, não é esse o comportamento que se espera de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Para piorar, ele é o presidente. A liturgia do cargo, tacitamente, pede alguma atenção quanto à conduta, mas os seguidos flagrantes desse senhor revelam que ele não se preocupa se seu escárnio está sendo registrado — sinceramente, acredito que é justamente isso que ele quer — e me lembram dos meus tempos de moleque. Francamente, tenho certeza que um “office boy” de escritório de contabilidade não chegaria nesse estágio.
Entretanto, a imagem de Luís Roberto Barroso cantando na Inglaterra, com uma turma de estudantes, não é novidade; isso já aconteceu no Sambódromo do Rio, no palco de Diogo Nogueira e num bar em Brasília. Suspeito que, em uma ou duas dessas ocasiões, ele tenha perdido a carteira ou a dignidade.
O que vi é completamente incompatível com o sujeito que é o presidente do STF, porém, está de acordo com quem acreditava na inocência do terrorista italiano Cesare Battisti, nos poderes sobrenaturais do João de Deus “me livre!” e que Nicolás Maduro, presidente/ditador da Venezuela, é de direita. Sei...
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