Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
🔵 Pelé ou Maradona?
Rafael da Silva Claro


Por herança do meu pai, que viu o Rei jogar, ou conhecimento histórico, eu digo que o brasileiro foi o melhor. Entretanto, justamente na Copa do México, em 1986, eu era um moleque fanático por futebol, desses que têm um campinho de futebol no quintal; arrancam a tampa do dedão do pé no asfalto; na escola, na falta de bola chutam pedra, papel amassado e copo de plástico; e colecionam figurinhas das seleções. Foi com essa configuração que Dieguito se tornou Don Diego Armando Maradona ou, simplesmente, Maradona e acabou com a Copa.

A Copa do México tinha um forte apelo com as crianças. Um mascote legal e vendável (Pique); no Brasil, uma música contagiante, cantada por Gal Costa; e um garoto-propaganda bobo, mas com uma popularidade absurda (Arakem, o showman).

Enquanto isso, Maradona era democrático, deixava qualquer seleção de futebol para trás.

No tempo que os craques eram forjados nos campinhos, tentei fazer a minha parte. Ou seja, nunca fui craque, mas jogava no terrão, na rua e campinhos, nos quais era, digamos, esforçado. No quintal, a trave de madeira; na rua, o golzinho de pedras ou chinelos. O sangue pingando indicava que a partida tinha sido bem disputada. A inspiração no gênio argentino era um privilégio suficiente para fazer nascer um fominha de 11 anos.

Concomitantemente, lá no México, o “hermano” fazia milagres, inclusive gol de mão.

Entusiasmados com a Copa, os pirralhos enfeitavam a rua e faziam pinturas rupestres verde-amarelas, imbuídos do restinho de patriotismo que a Seleção Brasileira carregava. Nas figurinhas, antes da globalização e da internet, tentando pronunciar nomes de jogadores das mais variadas origens, falávamos um dialeto muito particular, algo incompreensível e muito próximo do que deve ser o esperanto.

Coincidentemente, hoje faz 38 anos daquela final do estádio Azteca entre Argentina e Alemanha. No jogo final da Copa do Mundo, Maradona fez mágica, driblou todo mundo, inclusive o nosso patriotismo sazonal e esse papo ufanista de pátria de chuteiras.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
Número de vezes que este texto foi lido: 21


Outros títulos do mesmo autor

Ensaios 🔴 O Efeito Cobra Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Pelé ou Maradona? Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Lula e seus amigos Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Pretérito imperfeito Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Que o novo sempre vem Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 O animal do Pânico Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Noite sem fim Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Mensagem para você Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 A arte de enganar Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Rosmitter, o boêmio Rafael da Silva Claro

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 434.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
QUE SE... - orivaldo grandizoli 55300 Visitas
Nua, totalmente indefesa - rodrigo ribeiro 55011 Visitas
81 anos da prisão e morte dos Rosas Brancas - Vander Roberto 54976 Visitas
O GRITO - FABIANO C. STOPASSOLLI 54956 Visitas
Lançamento do livro - Alberto Kopittke 54951 Visitas
O vovô e a vovó - Helena Regina Santarelli M. de Campos 54938 Visitas
A GUARDIÃ DO CASTELO DAS NUVENS - Saulo Piva Romero 54932 Visitas
Definidas as semifinais do Paulista A3 2024 - Vander Roberto 54932 Visitas
Definida a final do Paulistão 2023 - Vander Roberto 54932 Visitas
SAARA DO ÍNTIMO - Ivan de Oliveira Melo 54926 Visitas

Páginas: Próxima Última