O estudo de Libras na Educação Básica se faz mister em propiciar as diferentes possibilidade e oportunidade de comunicação entre surdos e ouvintes desde a educação básica, como também favorecer o acesso e permanência dos surdos na escola, visto que é difícil e restrita a oportunidade de ensino oferecida aos alunos; assim sendo poder auxiliar nas ações cotidianas do surdo, que são complicadas devido à falta de profissionais intérpretes e desconhecimento da libras pela população. Sabemos por experiências acumuladas e compartilhadas entre profissionais da educação que utilizam o espaço escolar com oficinas e
Projetos voltados para os alunos e sua família, (em cursos opcionais, por exemplo) oferecem uma interessante oportunidade para incluir surdos em uma sociedade de ouvintes, utilizando a Libras para que todos possam interagir e proporcionar melhores condições de comunicação entre ambos.
A LÍNGUA COMO FATOR SOCIAL
Dentre os objetivos da aprendizagem da língua de sinais por alunos ouvintes e com necessidades educacionais especiais observamos que proporcionar maior comunicação entre surdos e ouvintes e favorecer o acesso e permanência dos mesmos na escola e primordial, visto que é difícil e restrita a oportunidade de ensino oferecida aos alunos. Conforme SALLES (2007):
“A sociedade brasileira se apresenta como maior nação de falantes da língua portuguesa. No entanto, é necessário promover o letramento e o amplo acesso do cidadão às diferentes instâncias sociais, à produção e ao usufruto dos bens culturais e artísticos, com vistas ao desenvolvimento humano e à realização pessoal. A situação da comunidade surda nesse cenário é particularmente interessante, em termos linguísticos, pela perspectiva do bilinguismo, e culturais, tanto no plano da cidadania brasileira, com o sentimento de nacionalidade e o respaldo institucional, quanto na condição que identifica seus membros como detentores de uma cultura própria, a cultura surda (p.23-24).” Vemos também o apoio que o surdo não encontra para realizar as ações cotidianas (uma simples consulta médica ou atendimento bancário, (por exemplo), são complicadas devido à falta de profissionais intérpretes. Assim, o conhecimento da linguagem de sinais por mais pessoas contribui para a qualidade de vida da pessoa surda.
Desta forma, podemos utilizar o espaço escolar como opção para inserir projetos e oficinas voltados para o surdo e sua família, com cursos opcionais ou como disciplina a ser incorporada ao currículo, vejamos os casos das línguas estrangeiras modernas, da qual já se faz como parte integrante da grade curricular no ensino regular desde as séries iniciais.
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