| Ilha da magia |
| Flora Fernweh |
|
Ao leste existe uma ilha
banhada por águas compassivas
sob o sol de uma bela tarde
suas maravilhas naturais
de um paraíso intocado
convidam a um singelo sonho
encantador e selvagem
Ilha da magia
que me enfeitiça e me embala
nas brisas quentes da noite
nas ventanias vindas do sul
refúgio majestoso
de praias, dunas e trilhas
de luzes, sons e enlaces
ao longe eu já te sinto
na visão de uma ponte
que aguarda sua energia única
ao pisar no solo imóvel
de um recanto que acalenta
me sinto tão bem nessa ilha
que me acolheu e seduziu
que me escolheu e que eu amo
não me sinto em desterro
nem ao menos exilada
sinto-me em casa
inglesa, mole ou naufragada
ao ouvir os sinos ou o berimbau
sinto-me em casa
na Lagoa ou na Trindade
ao reencontrar gente de bem
sinto-me em meu lar
é onde eu devo estar
entre incensos e rendas de bilro
nos mistérios de curandeiras
sob a mística que me agita
e diante do mar que me acalma
Saudosa ilha da magia
de secretas verdades nítidas
e indizíveis visões difusas
Reduto que guarnece
lusas heranças e misturas
na fortaleza cultural
de andanças e restingas
Não há nenhuma igual a ti
minha ilha de amores
venerada pelas maravilhas
que respeitavelmente guardas
dirijo-te os meus louvores
|
Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
| Número de vezes que este texto foi lido: 59474 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 401 até 410 de um total de 410.
|
