O final do ano pode ser um período desafiador para a saúde mental de muitas pessoas. A pressão para cumprir metas, o excesso de compromissos sociais e as expectativas em torno das festividades podem gerar ansiedade, estresse e até sentimento de frustração. Além disso, o balanço do ano pode trazer reflexões difíceis sobre perdas e adversidades, intensificando emoções, como tristeza ou insatisfação. É importante reconhecer esses sentimentos como válidos e compreender que muitas pessoas passam por desafios emocionais semelhantes nessa época.
Cuidar da saúde mental no fim do ano exige atenção e complacência. Respeitar os próprios limites e priorizar atividades que promovam o bem-estar são estratégias importantes. Além disso, estabelecer prioridades e dizer não quando necessário pode reduzir a sobrecarga emocional, abrindo espaço para uma experiência mais tranquila.
Para muitas pessoas, o encerramento do ano desperta sentimentos de nostalgia e saudade, mas também de solidão, especialmente entre aquelas que perderam familiares ou entes queridos, ou ainda para aquelas que estão longe de suas famílias. A pressão neste período típico de festas pode ser um fator estressante, contribuindo para episódios de ansiedade e depressão.
O apoio de amigos e familiares também pode ser essencial nesse período. Conversar sobre os próprios sentimentos e compartilhar preocupações pode trazer alívio. No entanto, é importante estar atento aos fatores que desencadeiam desgaste emocional e, se possível, limitar situações que afetem negativamente o seu equilíbrio mental. Para aqueles que sentem que precisam de suporte adicional, buscar ajuda profissional com um psicólogo é uma atitude valiosa.
Por fim, é fundamental lembrar que o final do ano não precisa ser nocivo. Permita-se vivê-lo de forma autêntica, sem a pressão de corresponder a padrões idealizados. Foque nas pequenas conquistas, celebre o que é significativo para você e cultive a gratidão pelas experiências vividas. Cuidar da saúde mental é um processo contínuo, e começar o novo ano com mais equilíbrio emocional pode fazer toda a diferença.
Jorge Trindade- Advogado e psicólogo. Pós-doutor em Psicologia Forense. Universidade Fernando Pessoa (Porto, PT).
Patrícia Pires- Psicóloga Clínica e Jurídica. Mestre em Psicologia e Saúde.
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