| Danos morais |
| Flora Fernweh |
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Não é sobre preço, é sobre apreço
Transcendente e imaterial
valioso em seu não-custo
que contém todo o seu valor
O trastorno que te causa
despedaça alma guardiã
dilacerando os sentidos
que choram pela lembrança
Restante memória
do precioso perdido
em simples erro caído
que corroeu o pensar
Foi-se com o vento
triste sina de evento
feita para durar
enquanto a saudade
perdurar
Não há nada que pague
a perda profunda
um roubo do coração
em metade que vai
Tesouro impalpável
de sabor impalatável
e cheiro inodoro
inexiste em objeto
o que deve se buscar
Insípido é o sabor
que o espírito conserva
ao lembrar da desdita
que pouco se recorda
Bate em despedida
inesperada, feito a vida
tão longínqua e fatal
linda história que se encerra
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Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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