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Recruta é bicho destemido
Luiz carlos souza santos


Recruta é bicho destemido


        Reza a lenda que certo dia em uma pequena cidade do interior da Bahia, local este onde trabalhavam apenas dois policiais, havia um homem de alta periculosidade homiziado dentro de uma residência, possivelmente em flagrante delito, guardando drogas e armas. A guarnição de serviço na cidade, percebendo que poderia estar em menor número, visto que não sabia precisar quantas pessoas estavam dentro da casa, resolveu solicitar reforço de uma guarnição especializada da cidade vizinha. A guarnição da pequena cidade aguardava a guarnição especializada para ali tomarem as medidas necessárias e organizar o cerco na referida casa. Mas algo de inusitado acontecera naquela articulação. Um certo graduado de serviço, muito bem quisto pela tropa, com suas estórias e causos do Pará comandava a guarnição especializada e pediu a palavra. Dizia ele se realmente era aquilo que deveria ser feito, invadir a casa e realmente dá o flagrante. Os policiais envolvidos em som uníssono diziam: Sim senhor. O graduado não satisfeito disse: não sabemos quantos elementos estão lá dentro, mesmo assim vocês querem assumir o risco e invadir. Os policiais em som uníssono gritavam, sim senhor. Veja bem, esses elementos podem estar armados com pistolas semiautomáticas ou automáticas, mesmo assim vocês querem assumir o risco e adentrar na casa, os policiais envolvidos gritavam, sim, senhor. Veja bem recrutas, estes homens podem estar armados de espingardas calibre 12, carabinas puma, mesmo assim vocês querem assumir o risco. Os soldados não perdiam o foco e gritaram sim, senhor. Veja bem soldados, estes homens podem estar armados de fuzis 556 e 762, mesmo assim vocês querem assumir o risco. E os soldados não perdiam o foco por nada e gritavam cada vez mais alto, sim, senhor. Veja bem soldados, estes homens podem estar armados com uma ponto 50 ou um morteiro, mesmo assim vocês querem assumir o risco e adentrar na residência. E os soldados gritavam cada vez mais alto. Sim senhor. Sim, senhor. E o graduado vendo que não tinha mais armas para equipar os bandidos acabou dizendo: Vamos invadir, então.


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