A noite está ficando fria
E com ela vem uma gélida
Sensação de que estou
Numa taverna dostoiéskiana
Onde tudo a alma espia.
Desorientado, tudo se move
E aos poucos uma imagem de ti
Nas paredes úmidas surgi,
Daí tento fitá-la, logo foge.
Embriagado com a frieza da aparição
Derramo à mesa lágrimas de saudade
E tenho vontade de aquecer
Corpo e a alma nas chamas
Desse suave e belicosa boca...
30 de maio de 2008, 19h08
Robério Pereira Barreto
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