Igreja, templo, apóstolo, bispo, padre, pastor, reza, oração, etc. Tudo relacionado a cristianismo é demonizado por grande parte dos políticos, muitos nem acreditam num Deus. Piadas são feitas, menos com Maomé — os muçulmanos não têm muito senso de humor. Para evitar o assunto, eles gostam de dizer que o Estado é laico. A Bancada da Bíblia é tratada com chacota e a fé, como algo obscurantista, Medieval. Mas em época eleitoral “pega bem” aparecer na missa.
Gabriel Chalita obrigou Dilma Vana Rousseff a comparecer à Casa de Deus, na Basílica de Aparecida. Como ela não foi pulverizada por uma combustão expontânea, não custou assistir à missa até o final, tentando somar mais uns votos.
Manuela d’Ávila, a comunista que, com o perdão do pleonasmo, não acredita em Deus, pegou a mão de Fernando Haddad, arrastou-o para uma igreja e lá mastigaram hóstias para somarem mais alguns votos católicos
Ciro Gomes sob nova direção. Investindo muito dinheiro, o “coroné” de Sobral contratou o bruxo João Santana para transformá-lo num ser humano, digamos, mas confiável. Como uma das primeiras medidas do mago, ele conseguiu comparar a nossa Constituição à Bíblia. Eis o 1º milagre.
“Ciro da Massa” conseguir esconder seu coronelismo e truculência é o 2º milagre. Mas o marqueteiro será muitíssimo bem remunerado para essa “reestruturação”. Se, para isso, terá que conquistar mentes, almas e canetas na imprensa, isso será feito, não importa quanto custe. Tenho certeza, desta vez Ciro, como vem demonstrando, não poupará despesas. Aguardem.
O 3º milagre, se o embuste der certo, será a multiplicação dos votos. Ele será “vendido” como terceira via. Acreditem, acreditarão.
A encenação montada por João Santana — o artífice das eleições — apenas mostra o talento que o alquimista tem para transformar joio em trigo, chumbo em ouro e água em vinho. Num, bem montado, cenário — segundo plano levemente desfocado — e com uma trilha sonora leve, que mais parecia um ritual de beatificação, com acompanhamento de um violino, só faltou o insistente Ciro Gomes repartir um pedaço de pão, mas aí já seria demais. Provavelmente, o candidato somente topou filmar essa peça publicitária, porque o alho, o crucifixo e a água benta foram mantidos longe da sua vista.
Por mais que o brasileiro esteja “vacinado”, esse tipo de picareta sempre aparece numa roupagem palatável. Infelizmente, esse trabalho deverá render a proliferação dos votos. Por mais que ele ofereça, não nos deixeis cair em tentação.
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