Os integrantes da turminha da GloboNews fizeram pose de jornalistas, mas deixaram à mostra rastros dos militantes e torcedores que são. Com esse histórico e o aporte financeiro estatal, a turminha se esforçou para influenciar a decisão do eleitor. Porém, o desempenho do PT (Partido dos Trabalhadores) e seus satélites foi desastroso. Então, como a tentativa foi inócua, o pessoal do canal jornalístico tratou de diminuir o sucesso do principal adversário dos petistas. Assim, poderiam justificar sua existência e remuneração estatal.
Uma estratégia muito parecida é, artificialmente, encher de importância o currículo. Abaixo, alguns exemplos disso:
Disponibilizador de produtos para eventual acesso do consumidor (repositor);
Condutor de unidade móvel para executar itinerário previamente combinado (taxista);
Contabilizador do valor de face de produtos para consumo humano e caseiro (caixa de supermercado);
Controlador de abastecimento de líquidos inflamáveis (frentista);
Higienizador de ambiente hostil (limpador da jaula do leão);
Controlador de acesso em movimentação vertical acima e abaixo (ascensorista).
Observação: todas estas funções são dignas, inclusive, eu já exerci uma delas.
Esses vergonhosos exemplos servem para ilustrar a tentativa de turbinar algo que não tem a força esperada. É diferente, mas é igual: o oxímoro que justifica a inclusão de termos com significados opostos (diferente e igual) serve para mostrar a que nível chegou o “sambarilove” verbal, o “duplo twist carpado” semântico, o contorcionismo linguístico e o malabarismo interpretativo do jornalismo com “rabo preso”.
A verborragia inútil dificulta o entendimento. E o intuito é esse: dar uma “tunada” no currículo. Como disse uma propaganda antiga do jornal ‘Folha de S. Paulo’: “É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.
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