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IZAÍAS LGBT 3 IND 18 ANOS
DE RICO FOG
paulo ricardo a fogaça

Resumo:
BOM

3






                        Duas semanas depois, Sérgio chega do trabalho num Tempra preto.
    - Amor, quelindo, é seu?
    - Nosso.
    - Você comprou, sério amor?
    - É, deu para juntar uma graninha e um amigo estava vendendo, não foi caro, comprei.
    - Amei, me leva para um passeio?
    - Agora.
    Elisabeth entra no veiculo, Lucimar sai e vê aquilo.
    - Oi dona Lucimar, a gente vai dar um passeio, tudo bom?
    - Sei, por mim, façam o que quiserem.
    Ele percebe que ela não gostou da atitude deles, Sérgio sai com Beth, Cris chega minutos depois.
    - Filha.
    - Oi mãe, o que houve, esta um tanto nervosa?
    - Vem comigo.
    - Tá.
    As duas entram no quarto de Lucimar.
    - Me ajude, mexa nas gavetas enquanto eu procuro nos outros lugares.
    - O quê, mãe?
    - Quero achar aquele papel que o Sérgio me deu aquela vez com o número da Begônia.
    - Por que, esta desconfiando dele?
    - Não sei não, filha, acho que ele vou ter grandes surpresas quando for ve-la, se é que ela esta viva.
    - Mãe.
    - Vai, me ajude filha. As duas iniciam ali um pente fino no quarto até encontrarem o número, Lucimar sai dali deixando Cris no comando, tendo em mãos o número ela vai até um orelhão em um bar e faz a ligação, do outro lado uma voz feminina não a convence ser a da velha Begônia.
    - Com quem eu falo mesmo?
    - Dirce, por que?
    - Meu nome é Celina, sou amiga da Begônia, ela esta?
    - Begônia, não querida, ela faleceu, ja faz um tempo.
    - Meu Deus eu não sabia, quanto tempo faz mais ou menos?
    - Olha, acho que ja tem uns 4 anos.
    - Nossa, muito hein, meu Deus não acredito que fiquei sem ve-la por tanto.
    - Como é mesmo seu nome senhora?
    Lucimar desliga e vai para dentro do bar, bebe um refri e come uma coxinha de frango, sai dali pensativa e retorna para a pensão.
    - Então mãe, ele mentiu?
    - Sim, como eu imaginava, não diga nada, deixe-o do que jeito que esta.
    - Mais é sério?
    - Vou precisar de um outro favor minha filha.
    - Sim mãe.
    - Fique no comando por uns dias, vou ter de dar um passeio.
    - Até sei onde vai.
    - Não fale nada a ninguém, por favor filha, não quero que ele desconfie e assim saia.
    - Tudo bem mãe.
    Cris e Lucimar ali na cozinha preparam a janta, Iza chega cansado e se joga no sofá da sala junto de 3 senhores.
    - E ai meus colegas?
    Os homens o cumprimentam, ele conversa um pouco e logo segue para o quarto, Cris vai atrás.
    - Mano.
    - E ai Cris.
    - Teu amigo comprou um carro, a mãe disse.
    - Sério, bom para ele e para a outra.
    - Você ficou sentido com tudo, não é irmão?
    - Cris, ela é nossa irmã, tem todo direito de ser feliz, mais furar o olho do outro, isso é demais.
    - Quer que eu fale com a mãe?
    - Não, deixe para lá, ela que faça o que bem entender, além do mais não é a total culpada, ele também não vale nada, que sejam felizes a maneira deles.
    - É isso mesmo irmão, logo tudo isso acabará, pode ter certeza.
    - Por que Cris, sabe de alguma coisa que eu não sei?
    - Não, eu não.
    - Claro, me desculpe, sabe, ainda estou puto com eles e...........
    - Sim eu te entendo, bem vou fazer algumas coisas.
    - Sabe, eu estou morrendo de fome.
    - Vem comigo, a mãe fez aquela lasanha de berinjela que você ama.
    - Sério, enfim uma boa nova, adoro lasanha dela. Risos.
    Sérgio chega do passeio com Beth, ela desfila pela sala com o boy e copos de sorvetes.
    - Olha o que eu trouxe para vocês. Lucimar olha para ela e sai, Beth dá sorvete a todos quando chega em Iza ela deixa o copo cair no pé do rapaz.
    - Desculpa maninho, foi mau, quer um pano para limpar?
    - Serve a sua cara, sem graça.
    Izaías gruda nos cabelos da irmã que grita ali, Cris e Janete vem a eles e tenta separa-los, aos gritos da caçula sendo puxada pelo irmão, Lucimar grita ali cessando tudo.
    - Que merda é essa aqui, vamos parar com isso, eu tenho uma pensão não um manicônio.
    Beth toda despenteada vai para os braços de Sérgio que fizera o tempo todo somente assistir ao ataque deles ali, Lucimar vai a eles.
    - Sim dona Lucimar.
    Sérgio sai com a garota que grita vingança contra Iza.
    Iza termina o suco de abacaxi com Luciano, o rapaz lhe faz massagem nos ombros.
    - O que eu faço com um gato além de tudo massagista, hein?
    - Fica com ele pelo resto de sua vida, e aí?
    - Adoro, mais o tempo que me resta pode ser muito mais do que o sentimento agora.
    Luciano fica frente a ele e abre o roupão, Iza deixa o copo no criado e joga o rapaz contra a cama, logo caindo em cima deste, eles experimentam as delicias de um 69 bem feito, Luciano fica meio que em transe com a língua de Iza descobrindo e explorando a fenda do menbro genital do homem, o prazer é tão intenso e recíproco que gritos são liberados, Iza é penetrado com direito a gel relaxante, o beijo se inicia adocicado e logo esquenta com as pastilhas do desejo que Luciano comprara, Iza faz diversas posições, até as improváveis a muitos, o que faz Luciano gemer enlouquecidamente.
    Após o sexo, ambos fumam cigarros aromáticos ao som de regaee e Iza dança para o cara, logo outra sessão de sexo.
    Fora do motel, a caminho da pensão, Iza segura o braço de Luciano que dirige.
    - O que vamos fazer no próximo final de semana?
    - Amor?
    - Mais o quê?
    - Bobo, vou te levar para um lugar bem interessante.
    - Que lugar?
    - É surpresa.
    - Vai diz, não gosto de surpresas.
    - Dessa você vai gostar.
    - Será, vai logo me diz, estou ficando nervoso, vai diz.
    - Quando a hora chegar, vai saber meu lindo.
    - Sério, sério mesmo?
    - Sim, amor.
    - Adoro te ouvir falar amor.
    - Amor.
    O carro pára frente a casa, eles descem e ficam namorando um pouco até que Iza entra.
    - Tchau.
    - Tchau mozão.
    Izaías entra e o silêncio total ali, todos dormindo, ele vai na cozinha, bebe refri, come pizza e senta um pouco no sofá, lembrando dos momentos anteriores com Luciano, ele sorri, mais logo ouve algo.
    - Cara, acho que tem algo por aqui.
    Ele segue o barulho e vê a porta para o quintal ele vai até a mesma, pela fresta ele assiste sua irmã na mesa recebendo a virilidade de Sérgio, Iza vê aquilo, olha a bunda de Sérgio num vai e vem, o tesão lhe percorre o corpo seguindo de um ódio visceral, sem pensar ele derruba algo e segue para o quarto, o casal no quintal se assusta e para tudo, momentos depois Sérgio entra no quarto.
    - Pelo menos vocês poderiam ser mais decentes, respeite a minha mãe.
    - O que diz?
    - Isso aqui não é zona, cabaré.
    - Não estou entendendo.
    - Cara, sério, vocês me dão nojo.
    Iza se vira para sua cama quando recebe um abraço por trás de Sérgio.
    - Você que quis assim.
    - Me solta agora.
    Os dois entram em luta, Iza recebe um soco de Sérgio e cai no chão, logo as irmãs e alguns hóspedes entram no quarto e separam a briga.
    - O que houve Sérgio, o que você fez com o meu irmão?
    Izaías se levanta, de sua boca sai sangue pelo canto.
    - Sai do meu quarto agora, não quero você mais aqui.
    - Me desculpe, foi sem querer, me desculpe, por favor Izaías.
    - SAIIIIIIIIIIIIII. Vocífera Iza ali, Sérgio sai com ajuda de Beth que indica levar seu cara para o seu quarto, Cris se adianta e deixa o homem num quarto de outro hóspede.
    Iza tem os socorros feitos por Janete, Beth chega ali.
    - Gostou bicha do caralho, finalmente recebeu o que tanto queria, viado barrela, nojento. Ela enche a boca e cospe no irmão, Iza tenta pega-la, Cris chega antes e dá um tapa na cara de Beth.
    - Nunca mais fale desse jeito dentro de casa,, ouviu bem?
    - Vai defender ele, sempre foi assim mesmo.
    - A mim pouco importa suas vidas de catação, mais essa casa e a tia merece todo nosso respeito, pronto, não quero nunca mais isso aqui, nunca ouviram bem?
    Beth alisa o rosto que recebera o tapa e sai em choro dali.
    - Meu Deus, o que foi isso?
    - Janete, me diz, você realmente mora aqui, nunca percebe nada sempre se fazendo de omissa, olha só o inferno que estamos vivendo, é isso.
    - Eu achei que fosse apenas um romance de verão, só isso.
    - Pois agora você com seus olhos, não é, esta mais para uma terceira guerra mundial.
    - Céus.
    Sérgio na cama de seu novo quarto, não conseguindo segurar mais as lágrimas esmurra o travesseiro.


                                        120221.....




                     TEXTO INDICADO AO PÚBLICO ADULTO PORTANTO ACIMA DOS 18 ANOS.
                    LGBT E HÉTERO.
                            YOUTUBE - paulo fogaçaz/canal


       Lucimar acorda bem cedo, toma café no hotel e sai, com um papel na mão entra em alguns lugares até que em um mercadinho recebe a informação que deseja, agradece e segue.
     De frente a uma grande casa de madeira, portão de ferro pequeno, muro baixo, ela bate palmas até sair uma senhora de seus 50 anos.
     - Dona Dirce?
     - Sou eu mesma, quem deseja?
     Lucimar chega mais perto e olha firme para a mulher.
     - Bem, devo me apresentar, apesar de que sinto, já nos conhecemos há muito, Dirce das cachorras, não era assim que te chamavam no passado?
     - Você é................
     - Lucimar, agora vai me convidar para entrar ou vamos papear por aqui mesmo?
     A mulher olha para a outra com certo receio quando de trás de Dirce surge um homem que faz Lucimar quase ter um colapso.
     - Bom dia maninha, então veio mesmo, vai, abra a portão, estava a sua espera.
     Lucimar abre o mesmo sem ainda acreditar, ali na sua frente seu irmão Osvaldo.
     - Você, o que esta fazendo aqui?   Depois de dois copos de água e açucar, ela tem suas mãos a tremer.
     - Esta melhor querida?
     - Deus, por onde esteve seu ingrato?
     - Calma, vou te dizer tudo, bem quase tudo, afinal existem detalhes que só interessam a mim, entende?
     - Por que voltou para cá?
     - Bem, depois daquele papelão que a gente encenou em sua casa, seu marido que Deus o tenha, me fizeram, fui para o Norte, fiquei por lá, depois segui para o garimpo.
     - Garimpo?
     - Sim o Brasil ainda é muito rico minha irmã, só ter coragem e enfrentar as adversidades ainda se pode fazer fortuna por aqui.
     - Como sempre o foi, louco pela ambição, sempre querendo o tudo.
     - Pois é, trabalhei muito, suei deveras e ganhei o suficiente para se fazer o meu senhor, meu patrão, achei que vida jamais sorriria para mim, me enganei, ela sempre sorri aos fortes.
     - E a sua mulher, a bugra?
     - Morreu, 3 anos depois daquele vergonhoso encontro nosso.
     - E os filhos dela?
     - Ficaram com os avós, como sempre mana, preocupada com os filhos dos outros talvez seja por que..........
     - Eu tenho uma filha, fora os meus outros 4.
     - Sério, eu juro não sabia desse meigo detalhe.
     - E os meus filhos, como estão?
     - Como acha, estão ótimos, criei eles para serem pessoas honestas, eles estudam e ja estão se formando.
     - Sabia, essa é a minha irmã preciosa ajóia mais rara que a vida pode dar a alguém.
     - O que quer?
     - Ve-los oras, afinal ja faz tantos anos, tenho vontade de ve-los, sou o pai deles, você é a tia.
     - Agora sim vejo com mais clareza, sua caçula lhe puxou em tudo, até na indecência.
     - O que diz?
     - Elisabeth, lembra dela, a caçula das meninas, essa nunca quer nada com nada, não estudo e só sabe ficar em baladas e diversão, igualzinho a você.
     - Deixe de bobagens eu preciso ve-los, são meus filhos ja te disse.
     - E o Sérgio, ele é fake como dizem, afinal você o colocou lá para vigiar tudo?
     - Em certo sim, ele é meu afilhado, neto de dona Begônia, quando o encontrei estava em situação lastimável, fiz um acordo com ele.
     - Espionar-me?
     - Não se aproximar e assim obter para mim mais informações para quando eu surgisse assim para meus filhos.
     - Você não mudou em nada continua sendo o mesmo, mais fico aqui pensativa, foi sua idéia também fazer o seu espião gostar tanto de seu filho Izaías a ponto de te-lo para si e agora ter a sua caçula também?
     - O quê, meu filho, como?
     - Não sabe sobre isso, não te disseram, teu filho Izaías, ele é gay.
     - Gay?
     - Sim, mais é um dos melhores filhos que uma mãe pode pedir a Deus, todos os são, Osvaldo não sabe o ouro que tenho comigo, seus filhos são uma dádiva para mim.
     - Gay, isso eu não sabia, aquele patife não me contou nada disso e ainda eles estão...........
     - Não, não estão mais, agora seu afilhado esta tendo um flerte com a sua Elisabeth, a caçula, sua cara e xerox.
     - Desgraçado, esse maldito vai me pagar, não é a toa que me alertaram sobre.............
     - Sobre o quê, Osvaldo?
     - E então vai me deixar ver meus filhos?
     - Você merece isso, merece esse seu desejo realizado Osvaldo?
     - Por que, por que, você tinha que ter feito tudo aquilo comigo, me deixou sair sem meu filho, meu único filho homem, por que, se ele estivesse comigo com certeza não teria sido um...........?
     - Um gay, é isso Osvaldo, seu filho não seria homossexual, é desse jeito que quer realmente ver seus filhos, cheio de preconceitos e imposições, é assim mesmo?
     - Me perdoe, eu não quis ter dito desse jeito, você tem toda razão.
     - Ele gostar de meninos não muda em nada seu caráter e seu coração, ele é um doce, meigo, gentil educado, não há uma só pessoa que não goste de seu filho, ele tem amigos e uma família por ele Osvaldo.
     - Quer mais água?
     - Não só quero que me respeite, respeitando os teus filhos, meus sobrinhos.
     - Me desculpe é que foram tantas informações, aquele canalha do Sérgio, não sabia que estava se divertindo com meus filhos ás minhas custas e costas.
     - Como assim as suas custas, ele não trabalha?
     - Trabalha, mais é numa fábrica clandestina mau consegue o necessário para pagar o quarto que você o alugou.
     - Sabia, por que faz isso Osvaldo?
     - Eu estou morrendo irmã, tenho HIV e recentemente em exames foi diagnosticado um câncer.
     - O quê, como assim?
     - Estou em tratamento, tennho meus medicamentos alguns até em testes, fique tranquila, entende agora por que quero ter meus filhos perto de mim?
     Dirce entra ali trazendo exames e laudos médicos, Lucimar os lê e vê o irmão tomar seus medicamentos.
     - Tudo é superável minha irmã, menos a saudade que tenho de meus filhos, não me deixe morrer sem ve-los, por favor.
     Lucimar almoça com Osvaldo e Dirce, no cardápio, costela de forno, arroz branco, feijão com couro de porco, salada de rúcula e tomates.
     - Nossa esta tudo uma delicia, muito bom, divino Dirce, esta de parabéns.
     - Obrigada.
     Terminado a refeição, Lucimar sai com o irmão.
     - Por que deixou eles comigo Osvaldo, sempre soube que eu iria imped-lo por completo, afinal você é minha família?
     - Serei e sou muito grato a você sempre, irmã, acha mesmo que iria conseguir forma-los e da-los a educação e o respeito que tenho certeza que você e o Cicero deram, jamais.
     - Sim concordo em tudo isso.
     - Mais vai visita-los?
     - Quero muito, irmã.
     - Então vem comigo, vamos para a pensão, será bom você vai ver, mais esteja preparado pelo que vier, traga sua esposa.
     - Ela, a Dirce, não, ela não é a minha mulher.
     - Mais a traga afinal ela me serviu uma comida deliciosa, gostaria muito de devolver em bom gosto a recepção.
     - Esta certo, ela virá com a gente.
     - Já que esta tudo certo partimos amanhã, certo?
     - Não, irmã só mais uma coisa.
     - O quê?
     - Melhor que vá na frente depois eu chego com a Dirce, prepare o campo, será melhor, afinal é muita informação para eles, o que acha?
     - Por mim vocês ja iam, mais se pensa assim, só não quero que fique tanto tempo como ficou sem ter o carinho e o amor deles.
     - Obrigado mana.
     - Fui tudo para eles ou quase tudo, mais quem carrega o sangue é você, seja o pai deles dessa vez, eles precisam e muito disso, de você.
     - Ainda guarda mágoas de mim?
     - Guardei muitas por um longo tempo, mais me conhece, não consigo ficar de mau de ninguém, ainda mais de meu irmão, meu único irmão.
     Um abraço sela a amizade deles, no final do dia Lucimar embarca de volta a sua cidade.




                                           130221.....





              OBRIGADO POR NOS PRESTIGIAR SEMPRE
            TEXTO DEDICADO AO PÚBLICO ADULTO 18 ANOS

             TWITTER - @pauloricardoaf2









                 Lucimar mau chega e ja é interada de tudo que rolou em sua ausência, nervosa ela arruma as roupas no quarto e segue para a cozinha, prepara o almoço sem proferir uma só palavra.
   Já passa das 17 horas quando Sérgio chega deixando o carro na frente da casa.
   - Boa tarde dona Lucimar, fez boa viagem?
   - Venha, vamos ter um papo. No quarto dela, Sérgio sentado a olhar ao redor.
   - É bem grande aqui dona Lucimar.
   - Por favor, pare, já sei tudo sobre você.
   - O quê, dona Lucimar?
   - Já chega, seus truques de bom moço, essa máscara de bom rapaz, chega.
   - Não estou entendendo, eu..........
   Lucimar se aproxima do rapaz e lhe dá um empurro de leve.
   - Rapaz, eu bem que senti, desde quando entrou por aquela porta, você guarda, tem segredos.
   - Não sei o que diz?
   - Chega, sua vó esta morta, dona Begônia faleceu há uns 4 anos.
   - Como soube, quem te contou, não........
   - Vai parar de mentiras e olhar nos meus olhos e dizer a verdade.
   - Não, não, não pode ser, ela não teria me traído, ela não.
   - Quem, ela, pare rapaz, eu fui até sua cidade andei, falei com pessoas, eu sei de tudo.
   Sérgio tem um ataque e inicia tapas em seu rosto, ele cai rolando no chão e Lucimar assiste aquilo imparcial.
   - Acabou, esse seu show acabou, acabou aqui. Ele se levanta e olha para ela.
   - O que vai fazer Lucimar?
   - Eu, nada, você sim, saia daqui agora, fora.
   - Como, fora?
   - Fora daqui, agora, seja educado o suficiente para sair sem causar mais danos aos meus filhos.
   - Eu não posso, eu..........
   - Pode sim. Ela abre uma gaveta de seu armário e joga nele uma certa quantia.
   - Pegue, com isso poderá pagar um quarto em outro lugar.
   Sérgio guarda o dinheiro e segue para a porta.
   - Ah, eu não quero mais saber de você com meus filhos, nenhum deles, entendeu?
   - Por favor.
   - Saia. Grita ela ali, Sérgio sai do quarto, Janete ali no corredor, ela o acompanha de olho até ele entrar no quarto, logo sai com uma mochila e mala.
   - Adeus Janete.
   - Adeus Sérgio.
   - Me desculpe eu.............
   Lucimar sai e diz a Janete.
   - Venha comigo, deixe-o ir, temos muito o que fazer.
   - Sim, mãe. As duas saem, Sérgio passa pela sala, outros hóspedes já chegaram, ele é visto por eles que nada dizem.
   - Adeus pessoal.
   - Adeus.
   Já fora da pensão ele guarda suas coisas no carro e sai, algumas quadras depois ele pára o veiculo e chora.
   - Não, não, não, agora como vou viver, se ele souber vou estar em maus lençóis e agora?
   Ele pega um aparelho celular bem simples e ensaia joga-lo, nisso este toca.
   - Oi.
   - E então Sérgio, como estão meus filhos?
   - Bem, eu, eu, eles estão muito bem.
   - Alguma novidade, algo que eu tenha que me preocupar?
   - Não, não senhor. As lágrimas o vence mais ele continua.
   - Tem certeza?
   - Ela me pôs para fora.
   - Quem?
   - A Lucimar, a vaca da Lucimar me colocou para fora da pensão.
   - Sei, mais me diz, o que você acha que deve ser feito a um traste que transa com seu filho gay e ainda pega sua filha caçula, hein?
   Os olhos de Sérgio arregalam, as lágrimas cessam, suas mãos tremem.
   - Me perdoe, por favor, me perdoe.
   - Errado, eu te pedi que ficasse de olho e me desse informações, não que fizesse o papel de Dom Juan para os meus filhos.
   - Por favor, me perdoe.
   - Fique em paz, eu estou chegando.
   - Como?
   - Na verdade eu já estou na cidade.
   Sérgio desliga o celular e olha pelo vidro do carro, um outro veiculo parado ali e ele aciona o motor, logo sai dali, num hotel bem simples ele paga a diária e pega um quarto no segundo bloco.
   - Meu Deus, o que faço agora?
   Ali ele deixa a mala no chão, abre a mochila pega uma bermuda e camiseta, cueca, segue para o banheiro no final do corredor, banho gelado, chuveiro queimado, lugar sujo.
   Terminado o banho ele retorna ao quarto, logo ouve discussões e outros barulhos, não demora e a policia chega fazendo batida no local, ele é revistado, nada encontrado, o policial o orienta a sair dali o quanto antes, o hotel já é afamado por prostituição e drogas.
   - Sério?
   Ele dorme ainda com o barulho a rodea-lo, hora de trabalhar, ainda sonolento, ele sai do quarto, mala, mochila, ninguém na portaria, fechadura violada, ele sai, seu carro ainda no lugar que deixara, porém sem os pneus e rodas.
   - Droga, caralho, filhos da putas.
   - O que foi Sérgio, teve uma boa noite?
   Ali parado em um Passat, Osvaldo e Dirce.
   - Padrinho.
   - Entre, vou te levar.
   - Obrigado.
   Sérgio entra e assim que se acomoda sente o frio do aço do canivete encostado na lateral.
   - O que foi padrinho?
   - Onde é a fábrica?
   - Pode deixar, eu vou a pé.
   - Onde é a fábrica, a maldita fábrica que você trabalha, vai diz logo?
   Sérgio lhe diz onde fica e Osvaldo sugere que o homem que fique tranquilo pois Dirce pode deslizar a mão, ferindo-o.
   O caro pára num terreno baldio, mau cuidado.
   - Senhor Osvaldo.
   - O que foi?
   - O que vão fazer comigo?
   - Nada, olha só, não somos maus.
   - Por favor.
   - Me dê sua mochila.
   - Por favor.
   - Me dê sua mochila.
   Sérgio entrega para Osvaldo a mochila, o homem abre o zíper e despeja tudo no chão.
   - Por favor, sr Osvaldo.
   - Por que quis brincar com meus filhos?
   - Eu não brinquei, eu amo o Izaías.
   - Como?
   - Eu o amo.
   Sérgio recebe um soco de Osvaldo.
   - Seu nojento, eu não tenho filho gay, tampouco afilhado.
   - Por favor.
   - E agora quer minha filha?
   - Ela me provocou, eu fui fraco e acabei cedendo e.........
   Outros 3 socos e Sérgio ali caído chora, chega a urinar ali, Dirce olha para Osvaldo que entende a situação ali, levantando o homem do chão.
   - Você vai se afastar deles, ouviu bem, não quero mais você por perto, senão eu te darei um cuidado melhor, entende?
   - Sim senhor.
   - Agora vai, sei que seu trabalho é um pouco perto daqui.
   - Sim, obrigado.
   Sérgio recolhe rapidamente os objetos e coloca na mochila que põe nas costas, quando pega a mala.
   - Não, esta fica comigo, depois eu te devolvo, a gente marca um novo encontro tá?
   - O quê?
   - Vai. Sérgio sai correndo com a mochila, Dirce guarda a mala no carro, Osvaldo ali agachado olha ao redor.
   - Bom lugar para se morar?
   - Você acha?
   - O que foi Dirce, você já ficou em lugares bem piores que este heim.
   - Com certeza. Risos.
   Os dois entram no veiculo e sai, Sérgio chega atrasado por 15 minutos e assina uma advertência logo seguindo para o trampo.
   Izaías acorda, toma banho, se prepara para o trabalho, vai até a cozinha toma café, vê que todos ali estão inquietos.
   - O que houve?
   Janete vem a ele.
   - A mãe, ela mandou seu amigo embora.
   - Sérgio?
   - Sim.
   - Por quê?
   - Sei lá, foram tantas coisas.
   - Tipo?
   - Sua briga com ele.
   - Ela ficou sabendo?
   Lucimar entra ali.
   - Sim e não gostei, pronto.
   - Mais mãe, ele............
   - Essa ainda é a minha casa, minhas regras, eu amo vocês, mais não vou aceitar mentiras e gente ruim por aqui.
   - E a Beth?
   - O que tem ela?
   - Ela ainda não sabe?
   - Não por que?
   - Bem, sei lá a senhora sabe deles e..............
   - Iza, sua irmã é de festa, com certeza agora deve estar em alguma casa de amigas, com gente que ela ama e e nem conhece direito, logo ela aparece e daí eu digo a ela.
   - Tudo bem.
   Minutos depois o barulho de um carro lá fora e logo a porta é aberta, Beth entra na pensão um tanto alcóolizada.
   - E ai gente, tudo certo por aqui, tropa?
   - Você bebeu?
   - Por que o ploc, vai fazer o quê, eu sou dona de mim, não se esqueça disso tá, bicha.
   - Respeite o seu irmão.
   - O que foi tia, até parece que é a primeira que me vê assim, bêbada?
   - Ela é nossa mãe Beth, tenha mais respeito com ela.
   - Pode ser sua, por que para mim sempre foi a minha tia, só isso, minha mãe morreu e pronto.
   - Peça desculpas Beth.
   - Vá cagar, seu viadinho.
   - Sua cadela , vadia dos infernos. Lucimar intervém.
   - Chega, agora vá tomar banho e dormir.
   - Tudo bem, ja estou indo general.
   Beth segue para o quarto e logo sai ao banho, Iza olha aquilo com repúdio.
   - Essa garota tem de aprender muitas coisas, urgente, a vida não é um doce não.
   - Tudo a seu tempo, só para que saiba, as aulas dela de vida estão por começar.
   - Como assim?
   - Vou receber uma visita muito especial a todos vocês.
   - De quem?
   - Logo saberão, mais ja digo, não vou aceitar brigas e nem desafetos mais nessa casa, aqui eu ainda mando.
   - Sim senhora.
   - Ja deve estar na hora do seu trabalho, não, tome seu café logo.
   - É mesmo mãe, estou indo.
   - Bom trabalho.
   - Obrigado.
   Janete ajuda na limpeza, quando Stéfany vem ali.
   - Janete.
   - O que foi Stéfany, quer algo?
   - Você notou, a mãe esta bem diferente.
   - Sim, mais sabe ela disse que vamos ter uma visita, ela te disse algo?
   - Para mim, não.
   - Só queria saber, quem será este alguém especial.
   - Até eu quero saber.
   Elisabeth surge na cozinha, de cara inchada.
   - Dormiu bastante hein.
   - O que foi Janete, quando vai voltar pro seu serviço hein, ja esta me incomodando te ver assim?
   - Obrigado por me dizer tudo isso, sim, volto logo.
   - Vai, me dê café, estou com a maior dor de cabeça de minha vida.
   Lucimar entra ali.
   - Não Janete, deixe que eu vou servir essa garota agora, me deixe a sós com ela.
   - Sim mãe.
   Janete sai, Lucimar indica a cadeira para Beth que senta.
   - O que foi vai começar de novo seus discurssos?
   - Não, dessa vez não tenho mais o que te dizer sobre sua conduta, isso você ja sabe e muito bem.
   - E então?
   - Bem, seu querido namoradinho foi embora daqui.
   - Sério, ele que quis ou você o colocou pra fora?
   - Eu o coloquei pra fora.
   - Só poderia ser, e ai a outra coisa por que com certeza tem mais?
   - Eu sempre soube, só não quis aceitar, sua falsidade é tanta, você não consegue disfarçar nunca, por que é tão ruim assim?
   - O que foi tia, vai querer me bater de novo é isso?
   - Seu pai esta chegando e vai ficar aqui nesta casa.
   - O quê, esta brincando, só pode, o que é mesmo?
   - Você sabe que eu não estou e para saber, você é a primeira que sabe, logo ele chega aqui.
   - Ele não é o meu pai, meu pai esta morto.
   - Bem, pense o que quiser afinal ele foi muito ausente com vocês , mais não te faltou amor e cuidados, isso jamais.
   - Não quero ele aqui, diga a ele que não precisa gastar o seu rico tempo aqui.
   - Fique tranquila você poderá dizer isso pessoalmente a ele, em breve.
   - Eu odeio você, odeio ele, odeio a todos aqui. Grita Beth, Lucimar se aproxima dela e outro tapa.
   - Como me arrependo de não ter feito isso na época certa, sabe, quando me disse que não ia mais estudar, quando começou com suas amizades suspeitas, quando dizia cada mentiras sujas e porcas, você não presta, agora eu vejo isso claramente, mais fazer o quê, é a minha filha e tenho que te cuidar, mais não aceito mais suas palavras sujas e suas ações imundas, aqui não mais.
   - Mãe.
   - Não você tem toda razão, eu não sou tua mãe, nunca fui, somente te criei para que não ficasse nas ruas e fosse mais uma vagabunda miserável por ai, mais você não mereceu e nem merece nada de bom, só cuide mais de ti, por que eu vejo, teu fim será horrível se continuar viagem sem volta.
   - Você bebeu, é isso com certeza esta bêbada também, vem vamos beber juntas e quem sabe nos tornarmos mais amigas, hein?
   - Você não presta, é isso, vejo e não aceito mais é o que esta ai, você não presta.
   - Nãoooooooooooooooooooooooo. Vocífera Beth ali.
   - Outra coisa, a partir de amanhã você ficará no lugar da Janete, afinal ela trabalha, não tem por obrigação nenhuma em me ajudar, mais você sim, afinal tem de me pagar por tudo o que te fiz, ja sabe amanhã fará a limpeza e tudo mais que eu ordenar.
   - Eu não vou fazer nada, jamais, não faço, não nasci pra isso, pra ser servente de limpeza eu sou linda e tenho bons amigos e só tenho gente da alta comigo, não vou limpar chão e pronto.
   - É isso ou fica sem comer, pronto esta dito, cansei de passar amão na sua cabeça, chega. Lucimar sai dali e Beth ali debruçada na mesa, Janete entra.
   - Você o que diz, fiel mosqueteira?
   - Sobre o pai retornar, para mim não muda em nada, acho até bom.
   - Você é louca, por que ainda existe, qual a sua função de verdade aqui neste mundo hein Janete?
   Janete sai dali deixando Beth pensativa até que ela sai e entra em seu quarto, logo sai arrumada e com uma bolsa a tiracolo.
    - Beth.
   - O que foi, estranha, vou sair daqui, vou atrás do Sérgio quero saber dele o que essa mulher fez a ele de verdade.
   - Mais, Beth, você nem gosta dele?
   - Eu, não, mais vou ficar junto dele por um tempo, não quero ficar hospicio que se tornou este lugar, você Janete que fique afinal é a sua cara tudo aqui.
   - Pense bem mana, a tia nos trata bem, ela é uma verdadeira mãe pra gente.
   - Vá pro inferno, eu saio e não vou ficar louca aqui. Beth sai e Janete olha pela porta ela se afastar dali, Lucimar vem a filha.
   - Tenho é pena de tanto que ela sofrer quando souber de toda a verdade.
   - Que verdade mãe?
   - Filha, a vida nem sempre é generosa com todos, ela teve sua parcela de ganhos e jogou pro alto, fique tranquila ela vai voltar e mais rápido do que imaginamos, mais terá de aceitar tudo o que eu disse a ela.
   - Nossa mãe.


                                                     140221.....





                    TEXTO INDICADO AO PÚBLICO ADULTO 18 ANOS.
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