Estou fugindo de casa
Fugindo como não devia
À noite,sob o sol que anuncias por ser eterno
E a brisa carregada até à margem,empalidece vozes que outrora,passos da cinza aurora,ameaçava captar do mundo vindouro à raça triste.
-É século vinte e mais tarde vai ser século dezesseis também.
O que me parece tão belo,ás vezes ofusca a esperança dos que se encontram alheios à este desenho da paisagem
O rio da paisagem
A vida das almas por entre a miragem
E a paisagem.
Faço uma oração
Rezo a luz,superfície ou superficial no encontro às luas,e me corto entre a árvore e os poucos pedaços de sangue na flor.
Temo o assédio dos cães a esta hora da noite,mas cada diabo em meus sonhos me desespera mais que aqueles uivos.
O homem está morrendo
Houve uma guerra
Houve fome nos olhos
Haverá outra amanhã ?
Sinto a tempestade
Não sei o que é a tempestade
Sete magos irão ofertar à bondade de Deus no último ato ao se proclamar o fim do império.
Sete magos e as sete igrejas voarão acariciando aos rumos de paz.
Choro todos os dias
Quando chove,após o dilúvio,é que não me importo se choro ou estou vivo
Choro todo instante de nossa eterna ingenuidade
Choro porque estes véus,assim me satisfazem
Choro e o que vi à minha frente,era o homem que me aguardava
A alma quando morre está chorando
As crianças estão brincando mas não choram
Eu sei o que tentar pra não chorar
E se choro,desculpas,hoje mamãe pediu que eu deixasse as portas trancadas.
|