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UM DIA QUE VAI LONGE! |
Bete Bissoli |
Resumo: Isto não é o texto de um pretenso livro, nem estou fazendo poesia. É só um desabafo! |
UM TEMPO QUE VAI LONGE!
Amanheci melancólica, hoje. E saudosa! De mim, de tudo, de todos. Como num filme, passam pela minha cabeça pessoas, músicas, amigos, amores, momentos e dias felizes que se foram. Isto não é o texto de um pretenso livro, nem estou fazendo poesia. É só um desabafo!
Tenho viva em minha memória a música Papai Walt Disney, cantada pelo Conjunto Farroupilha! Doce lembrança! Ouço Elis cantando O Trem Azul (“Coisas que a gente se esquece de dizer/Frases que o vento vem às vezes me lembrar/Coisas que ficaram muito tempo por dizer/Na canção do vento não se cansam de voar”).
Lembro-me da Baby Consuelo e do Menino do Rio, que eu ouvia direto passeando pelas ruas da Cidade Maravilhosa, em um tempo que vai longe, muito longe!
Transitam pelo meu coração pessoas que ganhei e que perdi pelas estradas da vida. Mergulho mais ainda no tempo! Ouço a Canção que Morre no Ar, de Carlinhos Lyra/Ronaldo Bôscoli, Eu e a Brisa, do Johnny Alf, e “o barquinho vai, a tardinha cai”.
Revivo Anônimo Veneziano, com Tony Renis (Il sole alto splende già/sul viso anonimo di chi/potrà rubarti un altro si/un altro si)... E eu e ele tocando e tocando Twilight Time, com The Platters (Here in the sweet and same old way/I fall in love again as I did then) até quase furar o disco, até quase o raiar do sol.
Incrível! Em cada música, uma história!
Em cada história, um dia da vida escorrendo pelos vãos dos dedos!
Days of Wine and Roses... ficaram pra trás... Saudades!
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Biografia: Bete Bissoli
Compositora paulista premiada em vários festivais de MPB, é uma cancionista. Em geral faz melodia e letra, mas tem algumas parcerias.
Teve desde criança influência das reuniões realizadas na casa de seus pais, em São Pedro, onde rolavam chorinho, seresta, música de raiz e os sucessos da época áurea da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A música internacional também fez sua cabeça. Mais tarde, foi fisgada pela bossa nova.
Em fins de 80, foi aluna de violão do compositor e arranjador Hermelino Neder, que a incentivou a mostrar suas canções.
Participou de festivais como FAMPOP, em Avaré (primeiro lugar com o choro-canção Ela, em parceria com Ítalo Perón); Festival Nacional de MPB do Carrefour, (primeiro lugar, com Nada a Ver, de sua autoria); MPB de Rio Claro (segundo lugar com Trenzinho Lento, em parceria com Carlinhos Veronezi) e finalista do Viola de Todos os Cantos, da EPTV (afiliada Globo), em 2006, com Alma Pantaneira, parceria com Carlinhos Veronezi, e em 2007, com Sou Violeiro e Cantador, dela.
Tem músicas gravadas por Sandra Pereira, pelas duplas Lorito e Loreto, Moacyr e Sandra, Mazinho Quevedo e Soraya Ravenle.
Sua marchinha Pra Carmen, uma homenagem a Carmen Miranda, interpretada pela cantora e atriz Soraya Ravenle, foi a campeã do II Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso/Fantástico, no Rio de Janeiro. A música faz parte do CD As Melhores Marchinhas Carnavalescas do Carnaval 2007, da Som Livre.
Jornalista, Bete dedica-se também a pesquisas e criação de projetos musicais. O show Paulicéia Musicada, de sua autoria, desde 2001 vem sendo apresentado pelos cantores Moacyr e Sandra e em 2005 fez parte da Agenda Oficial das Comemorações dos 450 Anos da Cidade de São Paulo.
Em junho de 2010, Bete Bissoli participou, com outros compositores, músicos e cantores da cidade de São Pedro, SP, do show Música, Poesia e Amigos, projeto aprovado pelo Proac (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo). Em 2013 esse musical foi reapresentado em cidades do interior de São Paulo.
O repertório de Bete passeia, sem preconceitos, entre o elaborado e o simples, o lírico e o contundente, o tradicional e o moderno, o nostálgico e o bem-humorado, o rural e o urbano. “Eu amo fazer música. Compor, pra mim, é respirar”, diz ela.
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