Quisera ser essa mulher
coroada de rainha
cheia de amena graça,
deslumbrante
e transbordante
de paz e luz,
espelho de aves
que cotoviam
espargidas
de cores divinas
cantarolando belezas
ao sussurrar de meu nome.
Mas ai de mim,
de quem nem
recebo votos
por não
conhecer a vida,
nem seu início,
nem seu fim,
e nem por ela andar
sem a tristeza deixar
em tudo o que tocar.
Se aí ficou a solidão,
não é por falta de perdão
ou de tentativas
de reconciliação,
é pela indecisão
do homem poeta,
por não querer nem mesmo
o mais simples:
dar as mãos.
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