Vendo Texturas chorei, e chorei outra vez. E vou chorar cada vez. Queria dizer alguma coisa, migrei para dentro de mim mesma... Busquei ali palavras, consolos, sentimentos. Mas, não sei. Acho que não devo. A vida já fala tanta coisa. E acho, que não sei o que dizer.
Desejo, que se desenrole da dor. E mesmo, nos 70 anos de sonhos, vale à pena começar de novo. Olhar para cima, além da montanha, além das nuvens que a cobrem a cada manhã ao abrir da janela. Para além do vento que açoita a alma da terra e da gente. Para além dos fios de alta tensão.
Olhe para as flores que passam por eles, para as flores que cobrem o barro do telhado. Olhe para as ruas cheias de histórias. Histórias de mãe e filha que falam por incógnitas. Histórias de casais na contramão da vida. Histórias que perambulam pela rua entre fadas. Que esperam encontrar, o labor que sustenta. Histórias, que passam pelo banco da pracinha do interior.
Olhe para onde os olhos de todos não olham. E siga, mesmo as sinaleiras solitárias. Elas com certeza levam para algum lugar. Onde a aurora da vida nasce. E onde, a alma se funde com o azul da água. Com o início e o fim do arco-íris. E com o recomeço da caminhada de sonhos.
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