Sopra o vento norte,
cálido e quente,
roça minha face,
de leve somente,
trazendo nos versos,
o que tu sentes.
Me diz da saudade
que vive em ti,
e conto daquela
que mora em mim.
Tudo em verso
até porque
nada mais ouço
vir de você.
Calado estás
a tanto tempo,
também me calo
e isso lamento.
Mas não entendo
porque desejar
que meu coração
fique à chorar
e que esqueça
mesmo sem vê-la
- pois hoje em
cinzas é virada -,
que foste dono,
de um belo jardim
e daquela pousada
de estrelas.
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