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A LUZ QUE ESCREVEU SUA PRISÃO
Flora Fernweh

Os tempos doces, de esperança, borboletas no estômago e vislumbres de amor haviam se dissipado nos corações do vilarejo. A catedral que um dia fora palco eloquente de ocasiões cerimoniais e uniões matrimoniais, encontrava-se em ruínas.
     Entretanto persistia quase completamente a juventude na mente de um velho ancião que beirava a morte. Um sentimento radiante ofuscava suas rugas e vestes acabadas, um brilho eterno iluminava sua alma.
     Revirando baús à procura de livros e medicamentos, encontrou uma preciosidade que ultrapassava as barreiras impostas pelo tempo. Afogou-se na tempestade que desabava de seus olhos enquanto inspirava a poeira melancólica. Encontrou uma caixa com as recordações de sua filha, que há anos havia morrido. Matutou sobre o retrato de um dia primaveril e festivo para sua família. O instante capturado há meio século denotava a emoção e a alegria em suas lágrimas. Os mesmos olhos hoje choram em cima da foto que um dia já foi atual.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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