Em quietude clara e nobre
a cada manhã nasce o Sol.
Ali, tão sempre perto,
só para todos, canta,
o passarinho ninguém,
quebrando, não à força,
o silêncio da cidade.
No canteiro aquecido,
enrolada em uma manta,
um tanto sonho
que tenho
a inspiração pura e perfeita,
um tanto verso
a poesia dos olhos teus,
um tanto, também, acredite,
volito entre as nuvens
como se fosse uma
pequena nuvem,
do tamanho da mão de uma criança,
pedacinho de esperança,
chuva que vai descer
sobre paisagem seca,
migalhas de doçura,
que sublimará a terra.
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