E se digo isso é porque
dentro em mim cresce
uma pequena revolta.
Um revolta de me saber
em frangalhos de vida,
repartida, quebrada
em milhões de pedacinhos,
Que você quebrou
com o sopro dos teus vendavais.
Com as tuas tempestades.
As tempestades que criaste
dentro de mim.
As vagas que jogaste sobre mim.
Agora assuma a tua culpa
e junte você o que restou de mim.
Recolha os cacos do chão
e cole-os novamente.
Já não sei mais onde estou
e nem como encontrar
esses fiapos de sol
e juntá-los outra vez...
Mas você disse que sabe.
Conhece o quebra-cabeça da minha vida.
Disse que só você pode juntá-los.
Então, se ainda resta alguma coisa,
se ainda resta algum sentimento,
mesmo que a mera piedade,
me deixe ser eu mesma outra vez...
por favor...
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