Eu canto
o meu canto.
Às vezes
é amor e acalanto.
Às vezes,
é êxtase e volúpias.
Posso rimar
o teu vestido de chita
com o calor
das tuas coxas roliças.
Podemos cavalgar
no nosso unicórnio alado,
depois de se lambuzar
nos cios da tua cavalgada.
Eu canto
o meu canto.
Na luz dos olhos,
na noite dos teus cabelos,
no mar da tua nudez.
Às vezes,
é hipnótica.
Às vezes,
é sedutora.
Outras vezes ainda
uma camaleoa,
quando da caça
mostra as unhas da caçadora.
|