Eu a vi.
Quando ela se foi, a paz.
A luz da paz,
esplendidamente, em sua brancura,
atravessando os campos floridos,
refugiando-se ao pôr do sol.
E a ouvi.
Poeticamente me chamando,
vestida dos mantos do tempo,
sem mesmo piscar, me observando,
na desordem dos meus farrapos.
E em meio de duas lágrimas,
a possibilidade de um milagre.
O que há na espiral de luz branca
capaz de caber em minhas mãos?
Uma pequena e delicada intenção,
o desafio da silenciosa ação
de reencontrar-se e se renovar.
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