Uma deusa,
e com asas de ouro atravessou o céu,
levava palavras,
e sete brilhantes cores no véu.
E pingos caíram.
Eu queria saber como é estar livre
em meio à floresta do arco-íris.
Peguei um pouco de chuva,
um tiquinho, quase nada;
o bastante pra ficar ungida,
colorida, dourada...
E ai, ai, um pássaro de luz
cantou pra mim.
Seu canto fez-me sentir-me bem.
Apaixonei-me.
Apaixonada por seres alados
eu cuido de não segui-los.
Eles voam, suas asas os conduzem inevitavelmente ao outro lado dos rios.
Quando partem eu doo, um pouquinho.
É a saudade... que me deixa assim.
E de novo, e de novo... eu sonho,
que a cada chuva ensolarada
eu me apaixono.
Então, eu rezo para ser curada.
E curada..., rezo para esquecer a cura.
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