Garras de ave solar a solar
bons solos no violão,
amor querendo ascender via escada.
Triste lamento o da ave saudade,
trazendo a um homem
memórias de conselhos,
lembranças do menino que foi
e hoje canta só
e da casa que nasceu mostras de tudo.
Cabelo curto, nuca à mostra,
costas à mostra, peito desnudo,
no colar imaginário invertido
preso no brilhante o parafuso atrevido.
Nuvens passeavam no céu quando num salto,
inocência, pureza e força ergueram-se em risos,
desconcertantemente belas,
equilibrando-se no ar,
olhares sem igual as apoiando
e diante daqueles olhares
dançaram entre a terra e o céu
com o par chamado vida.
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