A vida pode ser nívea,
e envolta em panos,
e colocada numa caverna.
Não, a luz do sol não foi.
Foi o betume da judéia
que ajudou a envelhecer
o santo abrigo de madeira.
O tempo passa, não passa?
Dois mil anos, um pouco mais.
A hora é a do bater do sino,
não do relógio nem da torre,
o da canção, o pequenino,
o que em luz pede Paz na Terra.
E leva-me à uma reza que implora,
Sol de Deus, por favor, não vá agora,
haverá Natal com presépio,
na entrada da vila onde vivo.
E nenhum cobertor de nuvens,
nessa noite poética de paz,
será capaz de do alto descer,
e feito manta de criança santa,
envolver o “Deus em mim",
o "Emannuel”, o chamado Cristo,
o Messias prometido,
O Jesus de Nazaré,
Jesus, o nazareno,
Jesus, o filho do carpinteiro,
Jesus, o filho de José,
Jesus, o humilde,
que pobre se fez,
por amor de todos,
e acessível aqui está,
nesse lugar singular,
construído sem barreiras,
para que ricos e pobres,
com amor e fé no coração,
possam vir adorá-lo.
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