Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
ESTRADA DE AÇO 4 NOVEL LIVRE 12 ANOS
DE PAULO FOG E IONE AZ
paulo azambuja

Resumo:
BOM

Ela se aproxima dele, colocando sua boca a centimetros da dele enquanto despeja um pó no café dele.
       Ele lhe sorri, ela se afasta.
       - O que pretende fazer agora pela manhã?
       - Ainda não sei, estou na mão de vocês e Duquel.
       - Cuidado, ela não é aquilo que viu ontem.
       - Acho que já percebi.
       - Que seja.
       Ela vai saindo quando o garoto lhe diz.
       - Não vai tomar seu café?
       - Perdi a vontade.
       - Por isso decidiu drogar o meu?
       - O que diz?
       - Deveria tomar melhor cuidado ao fazer certos trambiques.
       - O que diz, moleque insolente.
       - Olha só quem diz.
       Duquel chega ali radiante para o inicio das aulas para Silas que joga seu café em uma bacia, Lúcia segue até o cesto de pães e pega 2 pequenos, enche um copo de barro grande com leite e chocolate em pó, olha para eles e sai dali.
       Reginaldo entra ali em vestes reais e toma seu café seguido de alguns soldados.
       - Vou para a floresta de Kav.
       - Fazer?
       - Tenho algo para resolver por lá.
       - Retorne para o almoço.
       - Farei o possível.
       Duquel olha para ele saindo, agora só os dois, eles vão para a sala branca onde os aguarda 5 anciões.
       As aulas são bem produtivas e Silas toma nota de tudo gerando certa curiosidade de Duquel.
       - É bastante rigoroso comigo.
       - O mínimo que se esperam de um rei.
       - Muito bom.
       - Pode me responder algo?
       - O quê?
       - Quando irá me dizer, explicar é o jeito certo, sobre o projeto da Usina Renovável?
       Duquel toma um choque com aquilo mais não deixa perceber-se.
       - Como, usina?
       - Sei de algumas coisas, tenho idéias sobre isso, quer ouvi-las?
       - Acho melhor tomarmos um breve descanso.
       - Entendo, é triste ser descoberto.
       - O que diz?
       - Vamos beber um suco?
       - Sim, por favor.
       15032019..............................











                                 5




        AS CRISES POR SI SÓ JÁ DIZEM MUITO E QUASE TUDO, CRISES, SEM TERMOS CONTROLE NOS MOSTRAMOS O QUÃO SELVAGENS SOMOS, ZELAR PELA LIBERDADE DE PENSAR E AGIR, AI SIM COMECEMOS UM NOVO DIA.







             Duquel entra em seu quarto vocíferando impropérios.
      - Moleque do diabo, mau chegou e já acha que ppode me enfrentar.
      Serve uma taça de vinho virando-a em poucos goles já se prepara para a segunda quando batem á porta.
      - Entre.
      Lúcia entra ali em um roupão de seda preto.
      - O que quer?
      - Acho que seu novo pupilo te surpreendeu.
      - Assim como deve ter surpreendido a vocês.
      - Pois é nisso estamos quites, mais já tenho meus meios de persuadi-lo.
      - Quais?
      - Pare Duquel, em outra posição você jamais falaria sem um expressivo ganho.
      - O que quer?
      - Parte do ganho com a usina.
      - Como, até você já sabe?
      - Acha que só fico trancada em meu quarto ou fugindo de seus devaneios?
      - Diz ai seu plano.
      - Lógico, depois que firmamos o acordo.
      - Tá, tudo bem.
      Lúcia tira de seu vestido um documento.
      - O que é isso?
      - Algo ou melhor a prova que não me passara para trás.
      - Muito inteligente, vejo que prestou muito bem atenção as minhas aulas.
      - Se vive em um serpentário tem-se que se habituar ou defender-se.
      - Muitas serpentes não oferecem o tempo de defesa.
      - Sei bem, afinal tenho uma exímia por aqui.
      - Veja como fala comigo sua garota imbecil.
      - A imbecil que pode colocar o garoto no devido lugar.
      - Vai, fale.
      - Assine. Duquel assina o contrato de participação de lucros para Lúcia que lhe sorri.
      - Agora vai, diz.
      - Bem ele é simples, mais deve ser elaborado em 3 partes.
      - Três partes?
      - Sim.
      A conselheira primeira ministra ouve a tudo que Lúcia lhe diz e em certos momentos se surpreende com a engenhosidade simples porém eficaz do plano de Lúcia.
      - Olha, se não te conhecesse desde pequena acharia que tinham te trocado.
      - Bem agora que já sabe, devo seguir para meu quarto sabendo que usaremos teu plano logo pela manhã?
      - Sim de acordo.
      Lúcia se despede saindo, Duquel senta á beira da cama enquanto alisa os cabelos com um pente de madeira.
      - Garota infernal, quase igual a mãe que deve estar afundada em alguma cama aristocrática.
      Amanhece, Reginaldo faz sua higiene e segue para á copa onde toma seu café, estranha a ausência de Lúcia e Duquel, logo os soldados fazem a troca de guarda e ele assiste ao rito ali, Silas vem ao lado dele.
      - Bom dia.
      - Bom dia.
      - É sempre assim, um tanto barulhento pela manhã?
      - Sim, porém hoje com algumas faltas.
      - Fala de Duquel e Lúcia?
      - O que sabe?
      - Vi elas saindo logo cedinho.
      - Devem ter ido a uma colônia.
      - Pode ser.
      Uma serviçal vem a eles e entrega um bilhete para Reginaldo.
      " Caro rei lhe peço humildemente que tome conta e auxilie no que for possivel nosso ilustre visitante e hóspede, futuro rei. "

      Reginaldo amassa o papel e joga com raiva na bandeija de outra serviçal.
     - O que foi majestade?
     - Venha comigo, vou lhe mostrar alguns documentos.
     - Sim.
     Silas acompanha Reginaldo a passos rápidos para o escritório real.
     - Então é aqui se faz florescer as idéias de um reino?
     - Pegue isso. Reginaldo lhe dá um grosso livro de quase 2000 páginas.
     - O que é isso?
     - Cinquenta anos de legislação imperial.
     - Para quê?
     - Se quer reinar, deve estar á par e íntimo o suficiente com as leis para que não seja execrado ou enganado por outros mais espertos.
     - Outros povos?
     - Que seja, pense e tire suas conclusões, afinal também é papel de um bom rei.
     - Sim rei. Ja passara das 18 horas quando a carroça real para frente a porta principal, Lúcia e Duquel descem a abanar suas faces com leques e logo uma mulher de meia idade e bastante gorda, branca, cabelos ruivos curtos e um jeito de poucos amigos desce a ficar junto delas.
     Silas terminara quase 90 páginas daquele livro e já estava a criar uma dor de cabeça, 2 anciões ali com ele o orienta respondendo todas as dúvidas que se faz ali.
     - Lúcia, onde foi, estranhei sua ausência?
     - Fique tranquilo, futuro rei, fomos atrás do melhor para ti.
     - Para mim, o quê?
     - Eu. Silas olha para aquela mulher de cara fechada ali diante dele.
     - Nos conhecemos?
     - Teremos muito tempo para nos conhecer.
     - Por quê?    Duquel toma frente ali.
     - Por que ela será sua tutora por tempo integral.
     - O quê?
     - Vai, se apresente como deve, ao futuro rei de Avir.
     - Me desculpe me chamo Maria, senhor.
     - Como assim, o que significa isso?
     - O que esta vendo, todo futuro rei deve ter seu tutor.
     - Mais e os anciões, o rei?
     - Reginaldo vai sim continuar a te passar tudo pporém com a supervisão de Maria.
     - Por que sinto que estão tramando.
     - Nós, jamais, somos do bem, paz geral.
     - Sei, até parece.
     - Bem, agora melhor deixarmos a Maria, se instalar no quarto.
     - Que quarto?
     - O seu, oras, um tutor sempre fica ao lado de seu protegido.
     - Esta falando sério?
     - Sérissimo.
     17032019.......................
     

     
      
      

       





                                6



               ÁS VEZES A GENTE SE DESCONSTRÓI PARA QUE NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAMOS NOS REVIVER MAIS FORTES.





          A construção da usina vai acontecendo de vento em polpa, Lúcia intensifica a aprendizagem de curas e banhos energizantes, longe dos anciões, ela lê muito e pratica ritos obscuros se tornam cada vez mais fortes.
        Silas tenta por diversas seguir aos outros e se interar de assuntos que lhe são passados ligeiramente, porém sempre tem uma barreira que se chama Maria.
        - Preciso ir ao banheiro.
        - Tudo bem, 5 minutos.
        - Ficou louca, o que tem, desde que chegou fez e faz minha vida um inferno.
        - Não entendo senhor.
        - Você entende muito bem, sei quem lhe deu ordens.
        - O senhor não tem de ir ao banheiro?
        - Fique ai.
        - Sim senhor.
        Silas sai deixando Maria a cuidar dos livros e apontar os lápis.
        Com o retorno de Silas, mais estudos até que Silas demonstra fádiga.
        - Bem por hoje chega.
        - Sim.
        Passado algumas horas, Lúcia andando pelo corredor ouve um barulho vindo do quarto de Silas, ela bate a porta e logo entra, encontra ali jogado a cama, febril e tendo delírios, Silas ali suando muito.
        Lúcia olha para ele e leva a mão a testa do garoto que arde, ela chama Duquel e logo o quarto esta com 4 serviçais, o médico real esta ali, Reginaldo chega com alguns soldados.
        Delirando, Silas cobra de Duquel a ausência de seus pais, ela entende e procura a melhor forma de responder ao pedido do futuro rei.
        Já controlada a temperatura de Silas que adormece, Duquel segue para seu quarto.
        Logo entra ali um soldado, Duquel pede para que feche a porta.
        - Senhora.
        - Quero resultados.
        - O quê senhora?
        - Vá até o vilareijo e resolva de uma forma limpa porém eficaz, esse problema.
        - Quer que dê fim?
        - De preferência sem muitos sofrimentos.
        - Sim senhora.
        - Agora pode ir, falaremos depois.
        - Sim senhora.


        Madóra terminara o enxague das roupas, Afonso chega com um machado e a beija.
       - Você esta lindissima.
       - Por isso que te amo tanto.
       - Sabe que te gosto.
       - Vai, lave as mãos, vou preparar a comida.
       - Estou morrendo de fome.
       - Sei amor.   Afonso entra no quarto de banho e tira as roupas despejando canecas de água com ervas de cheiro pelo corpo, Madóra coloca as panelas no fogão á lenha para esquentarem.
       Começa a cantarolar algumas cantigas e nem percebe que alguém entrara ali, ela prova o cozido de carneiro e acerta o sal.
       De repente ela sente que não esta só, pega uma faca e segue para a porta, olha nos outros ambientes e nada.
       Segue de volta para a cozinha e ali na mesa 2 soldados de Avir.
       - O que querem?
       - Nós, nada.
       - Por que vieram?
       Ela sente algo e olha para trás, nisso sente o fio de corte da adága na sua garganta.
       - Não.   Ela cai já sem vida, seu corpo ainda tendo espasmos, Afonso ouve o barulho e sai do banho nú, ali na cozinha vê sua esposa deitada e vai auxilia-la, porém recebe um golpe forte na nuca.
       Em pouco tempo o casarão é tomado pelo fogo.
       Silas vê Reginaldo sair da sala do trono e o segue, logo o rei entra no aposento de Duquel, Silas vai até a porta mais é contido por Maria.
       - O que faz aqui?
       - Volte para seu canto e me deixe em paz.
       - Não vou ouvir isso. Maria pega na mão do garoto e segue para o quarto dele.
       - Esta de castigo.
       - Me solte sua cretina. Os gritos são ouvidos pelo corredor, logo batem á porta, Maria abre e Lúcia entra ali polvoroza.
       - O que quer aqui?
       - Largue esse garoto agora.
       - Quem é você para mandar em mim?
       - Largue esse garoto. No quarto de Duquel, Reginaldo mexe nas coisas á procura de algum documento, ouve-se o barulho na porta e ele sai pela janela.
       Duquel entra rapidamente e pega algo debaixo da cama e segue para a confusão.
       22032019...............................













                                 7






                     AS VERDADEIRAS ARMAS QUE POSSUIMOS SÃO AS NOSSAS VIRTUDES, NAO PODEMOS JAMAIS NOS PERMITIR EM SEGUIR O MAL, POIS ASSIM INFLAREMOS NOSSO EGO COM O PIOR DOS ALIMENTOS.






          Lúcia ali de adága em mãos apontadas para Maria que tem o pescoço do garoto preso em si, logo 4 soldados entram ali de besta apontadas para a tutora.
        - Solte ele.   Grita Lúcia, Maria solta Silas que corre até sua cama e retorna para junto de Maria abraçando-a, Lúcia vai até ele que solta a mulher.
        - Vem comigo Silas.
        Quando Silas solta a mulher e corre para junto de Lúcia, os soldados vem até Maria e ouve-se um barulho.
        Lúcia olha para eles e ali no chão Maria caída e uma poça de sangue forma-se.
        Duquel entra ali e acompanha com os olhos a retirada do corpo de Maria.
        - O que houve aqui?
        - O que você esta vendo. Lúcia responde a Duquel saindo dali, Silas olha com certo ódio para a primeira ministra que tenta persuadilo a ficar.
        - Vá para o inferno.
        - O que foi, o que te fizeram?
        Lúcia sai com Silas e corre para seu quarto, Reginaldo surge ali na porta do quarto de Silas, Duquel olha para ele.
        - O que estava fazendo em meu quarto?
        - O que foi agora Duquel, esta vendo ou imaginando coisas?
        - Como sempre tendo suas defesas infantis.
        - Bem, que seja, vá em frente e prove que estive lá.
        - Vou fazer de conta que me enganei, só dessa vez.
        Duquel sai dali mais antes Reginaldo indaga.
        - O que houve aqui?
        - Bem, o básico que nossa natureza oferece, Silas unido a Lúcia enquanto a babá do garoto jaz provavelmente na cozinha.
        - Que mórbido esta se tornando este local.
        - Ainda bem que nisso concordamos. O casarão se desmancha em labaredas, Afonso é contido pelos vizinhos, em extremo desespero vendo tudo virar cinzas.
       
        Duquel termina de despachar alguns documentos e assina embaixo do carimbo do rei os pedidos trazidos pelo pessoal da cozinha.
        - Com licença.
        - Entre.   Um soldado entra na sala, entrega um bilhete para a primeira ministra.
        - E então?
        - O fogo fez o trabalho final.
        - Sem provas?
        - Perfeito.
        - Tomara.
        O soldado recebe um saquinho com moedas de ouro e sai.
        Lúcia entra ali junto de Silas que fica frente a moça olhando para Duquel.
        - O que houve dessa vez?
        - Queremos falar contigo. Silas responde para Duquel que sai de sua mesa e se aproxima deles.
        - Aqui, acabou de chegar. Duquel entrega para Lúcia o bilhete, ela lê e Silas já derrama lágrimas.
        Silas parte para cima de Duquel lhe agredindo com as mãos, Lúcia o segura por trás.
        - Foi você, você, sua criminosa.
        Reginaldo entra ali.
        - O que foi?
        - O casarão da mãe de Silas.
        - O que houve?
        - Pegou fogo. Silas olha para Duquel com certo ódio.
        - Onde esta minha mãe?
        - Ainda não entendeu, ela esta morta.
        - Mentirosa. Com lágrimas nos olhos ele tenta sem sucesso ajudar a primeira ministra.
        Lúcia o abraça enquanto Silas chora em volume considerável.
        Reginaldo lê o bilhete e devolve para Silas, assim ele sai dali.
        03042019...........................

      


Biografia:
gosto de escrever
Número de vezes que este texto foi lido: 52892


Outros títulos do mesmo autor

Romance caso a caso 10 de ioneaz paulo azambuja
Romance caso a caso 9 ioneaz paulo azambuja
Romance caso a caso 8 ioneaz paulo azambuja
Poesias caso a caso 7 ioneaz paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja
Romance caso a caso paulo azambuja

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 151 até 160 de um total de 166.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Conjuracao Lunar - Parte 1 - Caliel Alves dos Santos 53314 Visitas
RESPOSTA A NICK DRAKE - Juarez Fragata 53311 Visitas
Anistia para a imprensa - Domingos Bezerra Lima Filho 53309 Visitas
O pensar é dialógico e dialético - ELVAIR GROSSI 53309 Visitas
O que é dívida histórica? - Caliel Alves dos Santos 53308 Visitas
Minha Doce Gumercinda - José Ernesto Kappel 53308 Visitas
Projeto de vida - Ivone Boechat 53306 Visitas
O HOMEM QUE ENGANOU O DIABO - EMANNUEL ISAC 53305 Visitas
Andar em círculos - Luís Eduardo Fernandes Vieira 53305 Visitas
Amor de Feituras - José Ernesto Kappel 53304 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última