A Noite Eterna |
A Noite Eterna |
FREDERICK CAMPOS MARQUES |
Resumo: Já vi dias frios
Dois sóis e uma aurora boreal.
Um vento frio e um Sol escaldante
Mas nunca mais presenciei a Lua efervescente |
Já é dezessete de Julho
De mil novecentos e setenta e muitos anos
Sem poder sentir um calor no luar.
A vontade de queimar toda energia
O desejo de Energizar toda escuridão.
Qual postura tomar?
Diante desse dia que nunca acaba.
Um dia que me deixa cego
É bastante frio como as pessoas que te olham
Que te olham sem dizer nada
Que te ouvem sem ao menos ter ouvidos.
Só porque tens um corpo.
Já vi dias frios
Dois sóis e uma aurora boreal.
Um vento frio e um Sol escaldante
Mas nunca mais presenciei a Lua efervescente
A lua que vaporiza minha solidão
Dilata meus olhos derrete meu corpo
A minha vida não é mais a mesma.
Morro na solidão da linguagem
Sem cor nem calor,
Mas com luz e talvez amor.
|
Biografia: |
Número de vezes que este texto foi lido: 52811 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 7 de um total de 7.
|