Te enredas,
na tua vida mais ainda,
na vida do outro,
só se conhece a carne pelo osso,
entra em tudo que tem porta,
se choro, se riso, se mordida,
te enredas no enredo da vida,
se muito reto o arame, entorta,
nenhum beco não tem saída,
de nenhum sonho não se acorda...
Não se sai ileso dos aconteceres,
marcas, dentadas, tatuagens,
espinhos passageiros na estrada,
todas as lembranças das viagens,
saiba, da vida não se leva nada...
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