Depois que se abre a porta,
a planície descorada,
as folhas mortas,
lembram um outono de esquecimento,
o vento que fustiga
levando pela mão a brisa
se soma aos raios dentro da chuva,
o tempo se deita e vê o relógio passar
seus dias de um modo interminável,
o livro fechado às retóricas
apaga seus versos encapuçados,
alguém beija alguém,
a carne fecha as portas,
depois que se abre a porta
nada mais resta de pudico,
só o aviso dependurado dizendo:
entre...ainda há espaço para mais um...
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