Velha Boipeba |
Para Elias Santos, Jussa & Nailson |
Jorge da Silva Aguiar |
Resumo: Composta em fevereiro de 1999, durante as férias, em Boipeba, texto e melodia chegaram prontas, como se psicografadas. Aparecem aí as reminiscências de uma breve passagem pela ilha, tempos atrás. Encantou-me a beleza natural manifesta nas águas, nas pedras e nas pessoas, principalmente naquelas as quais dedico este trabalho. Verifica-se nesse poema a influência forte da musicalidade de Flávio Venturini e Djavan. |
Aroma da manga
Gosto do caju
Dureza é apenas olhar
E se contentar...
Atirar uma pedra
Pra saborear
E o medo de ferir foi maior
Esperar
Cair de maduro
Disputar com os outros
um pouco do seu sabor
Visgo da Mangaba
Você me pegou
Visgo da mangaba
Você me pegou
Tantas águas rolaram
Quanto tempo passou
Desde que a vi pela primeira vez
E nem o mar
Sobre as areias de Moreré
Apagou as marcas
Deixadas por um simples olhar
Traduzidas nos versos
Que apenas agora
Consigo escrever
Consigo escrever
O gosto dos frutos do mar
O misterioso azul do oceano
A agilidade dos peixes
A vida dos manguezais
O ventos que embalam as ondas
E brincam com os seus cabelos
O sol que me queima a pele
Tudo que me dá prazer
Existe em você
Existe em você
Velha Boipeba
Novo Paraíso
Serpente de rio
Beleza nativa
Sangue tupi
Sua pele morena
A me seduzir
A me seduzir
Velha Boipeba
Velha Boipeba
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Jorge Aguiar
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