“E, entretanto, não sabeis o que acontecerá amanhã! Pois que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um instante e depois se desvanece. Em vez de dizerdes: Se Deus quiser, viveremos e faremos esta ou aquela coisa.” Tiago 4.14,15
O homem baseia seus passos na fragmentação do tempo. Para cada período, ele estabelece seus planos conforme suas vontades. Aquele que vive em submissão ao Senhor, porém, vive, aguarda e confia no tempo de Deus. No Livro de Provérbios, capítulo 16 e versículo 1 temos o texto de Salomão: “As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra.” Em Eclesiastes 8.6,7 lemos: “Pois há uma hora certa e também uma maneira certa de agir para cada situação. O sofrimento de um homem, no entanto, pesa muito sobre ele, visto que ninguém conhece o futuro. Quem lhe poderá dizer o que vai acontecer?” Quem pode dizer ao homem o que vai acontecer é o único ser onisciente, Deus. Como está escrito em 1 João 3.20: “Pois, se o nosso coração nos condena, sabemos que Deus é maior do que o nosso coração e conhece tudo.” O conhecimento de Deus contempla passado, presente e futuro, que para Ele são a mesma coisa. Além disso, contempla tudo no espaço, no que se refere ao ser humano, seja interna ou externamente, manifestações da natureza e tudo mais que se pode inquirir ou não.
Quando uma situação de crise ou caos instala-se de maneira que não possamos fugir dela, pela Bíblia cremos que o bem de Deus sempre nos espera, conforme Romanos 8.28: “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem Ele chamou de acordo com o Seu plano.” Não somos abalados quando confiamos na Palavra de Deus. O sim Dele é verdadeiramente sim, assim como o não é verdadeiramente não.
No capítulo 4 do Livro de Tiago temos uma repreensão à igreja. A soberba afetou o relacionamento entre os crentes e também seu crescimento espiritual. A soberba provoca a cegueira espiritual: a vontade e a voz do Espírito Santo são ignoradas. O soberbo começa a seguir as próprias convicções e direções, pois ele torna-se autossuficiente. Também pensa de si mais do que convém. Romanos 12.3 diz: “Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo, eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu.” Tiago alerta á igreja sobre as más consequências da soberba. Os planos a serem feitos deveriam estar totalmente subordinados ao senhorio do Senhor. Se, e somente se, Ele quisesse, os planos seriam concretizados. Visto que nossa vida é um vapor, frágil, sensível, que desaparece rapidamente, o permanente auxílio e misericórdia Dele são o que nos deixa vivos. Sem isso, esvanecemos. Pertencemos a Deus, assim como tudo que nos rodeia e participa de nossa vida: “Pois todas as coisas foram criadas por Ele, e tudo existe por meio Dele e para Ele. Glória a Deus para sempre! Amém!” Romanos 11.36. O tempo que agora temos não é nosso, é Dele. Veio Dele, é para Ele.
No ensino de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao ensinar a oração universal dos cristãos, Ele nos diz em Mateus 6.10: “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” A vontade de Deus em nossa vida deve ser não apenas desejada, mas esperada, pois Deus é nosso Pai. Devemos querer que ela venha. Assim como Jesus Cristo recebeu e viveu a vontade de Seu Pai na morte de Cruz em Mateus 26.39: “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como Tu queres.” O amor a Deus nos faz querer, desejar a Sua vontade. Assim manifestaremos que somos filhos Dele, não apenas obedecendo sua vontade, mas querendo que Sua decisão sobre nós prevaleça. Amém!
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