“Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males.” Tiago 3.16
Cada ser humano é um mundo de sentimentos, bons ou ruins. É possível facilmente fazer a lista dos bons, mas os ruins são difíceis de serem assumidos. Ficam latentes, ocultos, até que numa determinada situação apareçam e a confissão a respeito deles torna-se desnecessária.
A Bíblia nos fala muito a respeito do que devemos e não devemos sentir. Nossos sentimentos não devem estar à disposição do inimigo de nossas almas: devem ser guiados pelo Espírito Santo, pois Ele nos dá equilíbrio. Gálatas 5.22 e 23 nos diz: “Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei.”
Dois sentimentos combatidos biblicamente são a inveja e o egoísmo, pois trazem apenas prejuízos.
Em Romanos 2.8 está registrado: “Mas fará cair a sua ira e o seu castigo sobre os egoístas e sobre os que rejeitam o que é justo a fim de seguir o que é mau.” O egoísmo é totalmente contrário ao amor divino. Deus nos amou tanto que quis dividir Seu bem mais precioso para nos salvar. Seu amado Filho foi enviado ao mundo para que tivéssemos o melhor de Deus. Assim nós, filhos do Deus vivo, devemos compartilhar amor. O testemunho do cristão está também em repartir o que de Deus temos recebido, não na retenção egoísta. Compartilhamos o Evangelho, os testemunhos que glorificam a Deus, o amor com que fomos amados, o consolo e a alegria que recebemos. Os bens que nos foram confiados repartimos com os necessitados. Está escrito em 1 Coríntios 13.5: “Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.” Tudo que recebemos de bom vem de Deus (Tiago 1.17) e, o que vem Dele, serve para edificação nossa e do próximo.
A Bíblia condena a inveja. Biblicamente, não existe inveja “boa” ou “branca”. Só existe inveja e ela é sempre maligna. Pode ter relação com algo material ou não, um objeto físico ou característica pessoal do outro, seu modo de falar, de ser, de se vestir. Gálatas 5.21 diz: “as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus.” Não é um sentimento inocente ou despretensioso: é algo que pode afastar o ser humano eternamente de Deus. Devemos reconhecer toda bondade de Deus em nossa vida, que recebemos muito além do que merecemos ou pedimos e, assim, combateremos contra a inveja. Um coração grato ao Pai não se deixa envenenar pela inveja. Da mesma maneira que o egoísmo, é um sentimento incompatível com o amor divino, segundo 1 Coríntios 13.4: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.”
No Novo Testamento dado por Deus a nós, Jesus Cristo, Senhor e Salvador da humanidade, nos ajuda a viver puramente com uma recomendação importante, objetiva e simples: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Onde há mansidão e humildade a inveja e o egoísmo não fazem morada, pois o Espírito Santo permanece e testifica do amor de Deus.
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