“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” João 6.35
O ser humano possui necessidades naturais imediatas, como fome e sede. A fome e a sede tornam o sujeito fraco, debilitado, cansado, lento, irritadiço, abatido. Por isso o homem carece de cuidados sem os quais sua qualidade de vida ou mesmo sobrevivência torna-se difícil. Existem também as necessidades essenciais subjetivas, as quais devem ser providas em seu íntimo. O ser humano necessita sentir-se amado, feliz, aceito e, ao contrário disso, a insatisfação pessoal causa tristeza, desesperança, desilusão. Seu íntimo precisa ser alimentado por algo que possa saciar seus anseios dignos mais profundos, ocultos, aqueles que, pela subjetividade, somente Deus pode suprir. O Salmo 90 traz no versículo 14: “Alimenta-nos de manhã com o teu amor, até ficarmos satisfeitos, para que cantemos e nos alegremos a vida inteira.” No Salmo 107.9 está escrito: “Pois fartou a alma sedenta, e encheu de bens a alma faminta.” Em Provérbios 10.3 lemos: “O Senhor não deixa o justo passar fome, mas rechaça a aspiração dos perversos.” Essas passagens confirmam ao menos dois importantes ensinamentos. O primeiro é que a alma tem fome e sede e necessita ser saciada. O segundo é que Deus dá o alimento e a bebida adequados para satisfazer a alma.
Mas e o que ocorre com alma faminta ou sedenta? O Salmo 42. 2-3 nos diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?” A tristeza profunda indicava anseio (sede) pela presença de Deus. No Salmo 63.1 encontramos: “O Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água;
Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.” Novamente a sede caracteriza o anelo por Deus. Quando Deus parece distante e as dificuldades tornam-se o centro da atenção, a alma sente sede. No Livro de Amós lemos no capítulo 8 e versículo 11; “Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.”Ao não ouvir a voz de Deus, a alma sente fome, pois as palavras Dele são alimento.
No Novo Testamento, o Evangelho de João 1.1 nos diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” E o Verbo desceu à Terra: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1.14. Jesus, o unigênito divino, veio nos saciar. Em João 6.35 lemos: “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” Cristo é o pão que alimenta o íntimo do ser, o único pão capaz de nutrir apropriadamente a alma faminta e sedenta. Basta ao homem reconhecê-Lo como Senhor e Salvador e Nele crer. Jesus é o alimento verdadeiro.
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