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No milagre do amor, no mundo da lua
Sergio Ricardo Costa


Imprudente olhando estrelas malucas
É um direito que tenho,
Hoje,
Domingo,
De fitar a estrada dentro da noite.

No milagre do amor,
O mundo da lua,
Senão, como ruína triste e funesta,
Contrastando a imagem doce,

Enquanto
Balbucio um nome frio, agora...

No entanto, não é perfeita estratégia
Ter palavras bonitas logo amanheça,
Nem o faça por mim, ou faça por outro,
Estendendo-lhe a mão, pois uma resposta
                                                  Não virá:
E se o fizer, mais faça ao menos
Imperfeito o trabalho surdo da vida,
Esperando alguma voz comovida
À distância do ser sacado de dentro

A

Possuir um tesouro dentro da vida
No milagre do amor,

No mundo da lua imprudente
Olhando estrelas malucas
E,
Depois,
Descontrole e muitas das coisas
Que murmuro exigindo todos seus custos
E promessas de amor,
Profundo vazio
Preparando o amor — ainda que nunca
Detentor do terrível mundo,
Retorno
Adiante a traçar tesouros ocultos,
Totalmente enganado pela vitória
Que um dia sonhara, tendo, portanto,

Que fingir que vencera: tudo somente

Diferente, pois não? Voltar das cruzadas
Apoiado em mim mesmo, tantas lembranças
Que da vida de alguns, são velhas passagens
Através da memória (e morro esquecido)
Justamente mais quanto só o que entendo
É o melhor que possuo:

Persigo a esperança
No milagre do amor,
No mundo da lua imprudente olhando estrelas malucas,
Decisivas nas formas — volto com elas
Sem escolha outra vez em seus descaminhos,
Sem ter luzes no céu, ou próximo passo...

Pé maior do que a média, sigo adiante;

Sou maior que uns dez homens vivos agora:

proibido por fim, segundo contratos

Rabiscados na terra, sigo adiante,
Falsamente seguro, certo que os passos
Vão levar-me a um ponto quase impossível,

As razões pelas quais,

                                                    Apenas sonhado,
O amor feito milagre (ou sendo ou não sendo)
Tão adrede tramado, brilha lá fora
Como um sol de três dias.

E mesmo com tantas
Labaredas à pele e louco e aflito,

Sinto a cada momento alguma esperança
No milagre do amor,
No mundo da lua
Imprudente olhando estrelas malucas,
Diferentes aqui, mais bem assentadas
Na janela da tarde, densas colinas
Vagamente na estrada
O tempo perdido.





Biografia:
-
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