Como um dos condenados
Ao mar — more no que pretende
A mão da filosofia
Naquilo que não é seu.
Naquilo que é,
Supõe um charme de estrangeiro,
Cheio de coloridos,
Uma determinada
Ótima (ou última) esperança,
Viver,
Sem contrapartida,
A dádiva da natureza,
Rica de variedades.
Volta na reviravolta,
Líquidos movimentam-se
E viram-no,
Mal acompanhando
Flores que desabrocham
Para a LIBERTADORA
Fábrica acelerada,
Com que só praticava
As asas com que se sustenta,
Quase que paralisado
E agora paralisado,
Cego absolutamente,
Passa da atmosfera.
Passa da atmosfera.
Passa da atmosfera
E passada a atmosfera,
Como um dos condenados
Da vã verticalidade,
Quase que não tem movimento: é
Único e exclusivamente
O Circo dos desesperados.
Sabe o que significa
Pânico e desassossego
Para que as autoridades
Únicas da Samotrácia
Tornem-se insustentáveis
E passem da última esfera,
Passem da última esfirra
Tudo, contudo, evapora,
Pesado
Na ótima esfera,
À espera de menoscabo
E volta à reviravolta;
Tenha do que não lhe cabe,
Como possibilidade,
Ou pontualidade
Cega, absolutamente
Cego,
Absolutamente
Próximo de uma casa
E, absoluta,
A vista o segue
Na esfera dos dias...
Súbitos;
Não amanhece: Demora a amanhecer
Num anfiteatro ou Sala de Injustiça:
E Aquiles, morto, espera
A pedicure esteticista de mortos,
Para ter além de maquiado
Seu último sorriso em terra,
As unhas bem-feitas
E o calcanhar bem ralado.
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