E ficando mudas.
Ou somos nós
Que estamos mudando,
Ou ao menos,
Gostando de estarmos mudos
A pestanejar sem outra
Mais perspectiva nova?
Da esperança pouco
Conhecemos já.
E ao que ele mandou, sorrimos:
A cobiça ausente
E a cabeça ausenta-se
De agora em diante.
Há uma calma
Ativista em sua presença
A incomodar os homens
(Não considerados sobre a areia murcha)
Pela ação de crer.
As coisas estão ruindo!
Ou isto vale apenas para o Rui?
Ou também para o João, ou para os dois?
Ou acho bem melhor,
Paralisem-se os dois!
Braços cruzados,
A cabeça nua
A pestanejar a outro, por adquirir a fácil iniciativa,
Como incomodará os homens
Com as coisas que são de todas as coisas.
As coisas por fazer estão esperando
Na tarde através
Daquele por quem
Um dia especial se adota com fé;
Mas é que os sentidos
Escapam
Profundos
Do seu salvador;
Na prática é que o mata em si mesmo,
Lançando-o em terra,
Fingido.
E do mais que insiste em cair,
Não toca jamais
Seu fim nem também
Se acumplicia.
As coisas estão mudando
E ficamos mudos com seu fim e também
Que para chegar
(Passados alguns tormentos que as assolam),
O nosso direito
Ao próximo passo,
Está preparado
(Está no que vem)
Por uma das vias,
Sem medo de ser;
Por ter de mudar;
Fazem-nos temer.
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