O homem perdido, se perdeu sozinho. Ele é quem procurava, se perdeu amando. Ele viu que era cedo, bem melhor se fosse tarde, até lutou como um guerreiro, mas perdeu por ser covarde. O homem perdido foi longe, tão longe que acabou distante.
Errou querendo acertar, e acertou quando quis acertar. Ele não quis perder, perdeu sem querer, escolheu arriscar, conseguiu resistir, desistiu de ficar e pediu para sair.
Um dia ele saiu em meio a chuva, comprou flores, perfumes, presentes. No outro dia, ele esperou o sol nascer, deu flores, perfumes e presentes. Ele esperava sorrisos, ganhou "porquês”, de tudo que deu, quis dar por amor, e não recebeu nada por seu amor querer dar.
Ele era gentil, se via romântico, declarava poemas, ouvia insultos, quase sempre problemas, e para os barulhos: pedia silêncio. Dava a vida e recebia momentos.
O homem perdido não quis duvidar, teve que acreditar, olhou com bons olhos, não viu coisas boas, quis recuar, mas não pode voltar.
Um dia ele cansou, passou pela porta, olhou para traz, não disse uma palavra. Foi para o outro lado, do lado de lá, parou numa esquina por ter que chorar.
Ele queria ficar, optou por partir, teve que mudar, não quis insistir. Hoje ele conta histórias, de um jeito atrevido, para ele quem chora, procura um alívio.
Pergunte ao homem perdido, se ele ainda procura alguém: hoje ele é decidido, se perder fez bem!
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