REFRÃO:
Eterna donzela
Tão pura, tão bela
Sem trovador
Fica à janela
De sentinela
À espera do amor.
I
Évora escura
Ouve a ternura
Que à noite passa.
Ganhas encanto
Que fica no canto
Da igreja da Graça.
II
Nas pedras da rua
Eleva-se a Lua
Num triste amor.
E apaixonada
Évora amada
Não tem trovador.
III
São teus cabelos
Os campos loiros
De seca miragem.
E levo em meus olhos
Tantos escolhos
Da tua paisagem.
IV
Olha p'ra Lua
Que noite é tua
Não tens Trovador.
E ficam no Tejo
Os brados ensejos
Da tua dor.
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