Quero tanto ao meu cigarro
companheiro de horas mortas,
é a ele que me agarro,
meu amor quando não voltas.
Meu amor quando não voltas
quero tanto ao meu cigarro
ninguém bate à minha porta
solidão dorme a meu lado.
E sinto o corpo tão cansado
como a cinza pelo chão
mal empunho o meu cigarro
sinto, treme a minha mão.
Sólidão, dorme a meu lado
que ao teu corpo não me agarro
é destino, triste Fado
que me agarre ao meu cigarro.
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