Diga-me quem te pariu filhos infiéis,
Quem são teus irmãos?
A sua terra chora por ti,
Onde seus ancestrais,
Apaixonados em suas feridas,
Prantearam seus filhos jogados ao vento.
Do alto mar,
Ouvem-se os gritos das sombras,
Em seus túmulos amadeirados,
Banhados pelas lágrimas dos esquecidos.
Oh! pesada morte,
Colham nos oceanos as flores da dor,
Em seu perfume fétido de horrores,
Sob agonia de gritos estridentes,
Entre silêncio e suspiros,
Enquanto os demônios humanos,
Devoram corpos em suas insanidades.
Este ....
Destino de dor e sofrimento,
Tormentos de uma casta deflorada,
Nas mentes nefastas de seus senhores.
Diga-me quem te pariu seres infiéis!
Que matam seus filhos,
Pela estranheza de suas mãos,
Sujas de sangue e desamor,
Desfilando riquezas amaldiçoadas,
Entre sorrisos frios,
Tal qual suas almas obscuras.
Das caravelas o luto,
Frutos selvagens de corações empedernidos,
Profecia de liberdades tolhidas,
Entre os séculos de faces putrefatas.
|