Áureo panteão de ilusão dormente,
Da ferida a panaceia enredado,
Pétrea dor em corpo dilacerado
Ventre maculado pelo ópio silente.
Néscio infame de morte eloquente,
Pretensa paz ao fim aguardado,
Burlando o silêncio aclamado
De gemidos e violência estridente.
Da beleza ao canto funesto
Anjo Fastio de face assombrosa,
Soprou agonia na alma que parte.
Das maledicências o vil gesto
Colhendo em ódio a vida majestosa
Do inimigo o furor,da arte; a guerra.
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