CONTAM que um dia a rosa, ao deparar-se com uma couve-flor, encheu-se de orgulho e vaidade; e não perdeu a oportunidade de fazer comentários jocosos e depreciativos sobre a coitada:
- Ora, vejam só quem eu encontro pelo caminho - a feiura em pessoa.
Deu uma risada espalhafatosa e continuou zombando da pobre couve-flor:
- Feia do jeito que és, toda enrugada e sem vida, não mereces sequer ser chamada de flor. Eu sim é que sou verdadeiramente uma flor. Veja só o quanto sou bela, perfumada e radiante.
Então a couve-flor, enfastiada de ouvir tanta bobagem, replicou:
- Minha filha, do que adianta ter tanta beleza se ninguém te come!
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