ÚNICO CAIS |
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orivaldo grandizoli |
Resumo: ... |
Quando moves teus lábios sinuosos e ondeantes
Corcoveia o oceano arrepiando escamas d’água
E onde antes havia o silêncio
Cantam pedras cantantes
Nos ouvidos do tempo
inconstante...
Moves teus cabelos
E a floresta – como se possuísse pelos
Sente do vento em suas folhas – adentro
A doçura das unhas em gozoso movimento...
Eu – que espio o frio se aquecer em teu calor
Evito perder este momento momentâneo – de amor...
Moves teus braços com a graça que o sol traça
Pinceladas sobre a úmida terra amanhecida
Estrelas se inclinam e derramam sobre a praça
Seus raios luminosos herdados do ser que dá vida...
E eu – que floresço meu coração nos campos do Senhor
Sorvo gotas fluorescentes que explodem em minha boca – de amor...
Quantos quereres moves quando danças sobre a plataforma de sonhos
Teus passos que avançam cosmos adentro em busca da perfeição
E um deus que dormia desperta e diante de ti diz em espanto – ponho
A mola da criação a te servir quando danças a plenitude da razão...
E eu – que te amo e que mais ainda amo-te
Mais e muito amo bem mais
De lado deixo o giz desta poesia e barco de única viagem:
sou-te o único cais...
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Biografia: Se a palavra vem da boca
nasci quando a genealidade marcou touca
e me pôs para cantar em voz rouca...
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