Faz tempo que não escrevo por aqui. Não porque não tenha ideias, mas pela própria falta do tempo que nos sobra para recompô-las. Falando sobre esta palavra, algo me sobreveio.
Diante das muitas definições da palavra, a que normalmente a define é a duração dos fatos, o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos etc e a que mais intriga é que não temos tempo de ver o tempo passar. Um paradoxo, talvez, mas a mais certa realidade.
Temos nos ocupado cada vez mais com superficialidades e nos esquecido, certamente, de valorizar o que mais necessita. Muitas vezes, até lembramos, de verdade, mas não existe o tempo necessário para fazermos o que é devido.
Diante desta correnteza que é a vida, vamos passando, vamos vivendo, não no sentido pleno da palavra, porque também não temos tempo para viver. O que nos resta, então?
Assistindo ao filme "Lucy", aprendi uma definição importante sobre "matéria" e que, certamente, não foi o que aprendi na escola: tudo o que ocupa lugar no espaço. Na ficção e na vida real, quando aumentamos a velocidade de alguma coisa, normalmente não vemos nada, logo, não resta nada. Então, o que se sobrepõe? O tempo. É a única unidade de matéria que não se esvai. Mesmo que acelerado, conseguimos compreender desde o nascer do sol até a noite que chega e, assim, sucessivamente.
E nesta estrada da vida, com o tempo se esvaindo entre os dedos, nascem, crescem, morrem e não vivem. E, parafraseando Mário Quintana: "que não seja tarde demais para ser reprovado, pois sempre haverá outro dia, outra oportunidade" para que possamos fazer diferente. É só uma questão de... tempo!!
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