Nas nossas aulas de Redação, tenho ensinado aos meus alunos sobre a adequação da linguagem, isto é, as várias formas de se dizer a mesma coisa, levando em consideração o meu receptor. Caso este seja do seu rol familiar ou de amigos, posso utilizar gírias, internetês, coloquialismos, desde que o meu interlocutor tenha a mesma reciprocidade.
Por outro lado, se meu receptor for alguém desconhecido ou com algum grau de poder, devemos buscar palavras mais adequadas, que visem ao respeito e ao pleno entendimento de quem não é tão próximo a mim.
Analisando o vocabulário chulo, torpe e vulgar de um cidadão (a quem me recuso chamar de senhor, pois é educado demais) por nome ou codinome Lula, fiquei a pensar quais seriam meus argumentos diante da adequação vocabular proveniente de uma pessoa que ocupa um dos cargos mais altos de um país. O que direi? Que chamar nossa suprema Corte de "porra de acovardados", " homens que não têm o saco no meio das pernas" é tão comum quanto utilizar os adjetivos mais rebuscados para tão alto escalão?
Como hei de ensinar o que é certo, se o que é errado provém de pessoas que deveriam ser nossos maiores exemplos?
Que bom seria se fosse somente a linguagem o problema de alguém que deveria representar-me... O que não entendemos é que a Bíblia diz que a boca fala o que o coração está cheio, então, acho que não preciso escrever muita coisa, somente envergonhar-me, é o suficiente.
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Biografia: Possui graduação em Letras - Português / Inglês pela Universidade Vale do Rio Verde (2005). Atualmente é Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II e Médio, professora e corretora de Redação do Colégio Nova Geração (Sistema COC de Ensino) e curso A1 Pré-Vestibular Poliedro - Grupo Unis. Trabalha há 08 anos em banca de correção de provas discursivas dos concursos do Exército Brasileiro, trabalhou no Polo Sigma (cursos EaD, profissionalizantes e preparatórios), no curso Orion - Desenvolvimento Empresarial como professora de Redação para curso preparatório para concurso, em escolas municipais e estaduais (sistema penitenciário) como professora de Língua Inglesa na Educação de Jovens e Adultos e na Coopersul Minas como docente do curso Técnico em Segurança do Trabalho. Possui especialização na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, Docência do Ensino Superior e Educação Empreendedora e Mestrado na área de Educação, linha de pesquisa Linguística Aplicada. |