“Quando ouvirdes de guerras e tumultos, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam essas coisas; mas o fim não será logo.” (Lc 21:9)
Hoje é 11 de setembro de 2007. Faz seis anos desde a queda das torres gêmeas nos EUA, o World Trade Center. Este foi um evento fatídico que mudou a perspectiva do mundo em relação ao terrorismo e ao conceito de segurança nacional. Do ponto de vista profético o evento mais importante foi outro, ocorrido em 14 de maio de 1948, quando se cumpriram diversas profecias, entre elas:
“A palavra do Senhor acerca de Israel:
Fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele. Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.” (Zc 12:1-3)
Seja a queda das torres gêmeas ou a fundação do Estado de Israel, o certo é que estamos vivendo a última hora da história como nós a conhecemos. Por este tempo o cenário profetizado pelo Senhor Jesus é que haveria guerras e tumultos (Lc 21:9). Um analista, com base em relatórios sobre a evolução dos conflitos entre 1946 e 2003 concluiu que existem mais guerras hoje que a 50 ou 60 anos atrás (1). Em sua avaliação isso se deve porque desde o fim da guerra fria desapareceu o suporte ideológico que motivam os conflitos.
Para este analista as guerras atuais são assimétricas, isto é, sem um padrão definido, com motivos vagos, de natureza tribal. Apesar disso grande parte dos conflitos são evitados em mesa de negociação e poucos são motivados por golpes de Estado. O analista continua dizendo que a África:
“é o grande viveiro das desgraças associadas à guerra. Após a descolonização (e não importa agora discutir de quem é a culpa, ou quem tem maior quota na sua paternidade), o continente fez-se negro em mais do que um sentido (genocídios, guerras constantes, conseqüentes fome e declínio econômico, recrutamento de crianças, etc.)...”
O analista ressalta que o terrorismo tem sido uma modalidade emergente potencialmente muito mais perigoso. Isto porque não se limita ao espaço geográfico nem ao tempo, nem a ideologia, nem aos meios, podendo se utilizar de qualquer tipo de armas de destruição.
A pergunta que devemos nos fazer é acerca do significado das guerras e tumultos nos preparativos para os eventos proféticos que estão em curso. A vinda do anticristo será precedido por caos e angústia. As guerras e os tumultos visam preparar o caminho para o anticristo (Ap 6:4) assim como João Batista preparou o caminho para o Senhor Jesus (Mt 3:3).
Assim, o maior objetivo das guerras e tumultos é causar trauma, estresse, angústia mental e puro terror. O Senhor Jesus, após falar sobre este aspecto, imediatamente fez questão de ressaltar que não devemos nos assustar com este tipo de situação, portanto, em condição natural, as guerras e tumultos causarão temor e tremor nos homens, de modo geral.
Segundo Zbigniew Brzezinski, Ex-conselheiro de segurança nacional do presidente Jimmy Carter, a queda das torres gêmeas criou nos EUA a cultura do medo, trazendo impacto “pernicioso sobre a democracia americana, sobre a psique americana e sobre a posição dos EUA no mundo” (2). Na avaliação do conselheiro isso se deve porque o terrorismo é uma técnica de guerra que visa a intimidação política através da morte de não combatentes desarmados.
Zbigniew enfatiza que a cultura do medo “obscurece a razão, intensifica as emoções e torna mais fácil para políticos demagogos mobilizar o público para as políticas que quiserem aplicar” (2). Conclui dizendo que a cultura do medo está levando os EUA a beira do pânico porque esta nação perdeu sua auto-estima e luta contra um inimigo imaginário. Esta cultura do medo é reforçada por mercadores incrustados na indústria do entretenimento e na mídia de massa. Para se ter idéia da intensidade do medo, estudos feitos pelo Congresso Americano demonstram que em 2003 havia 160 alvos terroristas potenciais identificados, saltando para 28.360 em 2004 e 77.769 em 2005 (2).
A paranóia incentivada pelo governo americano, na visão de Zbigniew, tem levado os cidadãos a denunciarem atividades suspeitas, a mídia eletrônica darem destaque aos consultores e analistas que propagam cenários de terror e visões apocalípticas, sempre no sentido de reforçar a cultura do medo. Intensifica-se também a discriminação social com os mulçumanos e a intolerância para com os estrangeiros. Todo este cenário abre o caminho para adoção de procedimentos ilegais, podendo incluir, inclusive, a tortura (2).
Hoje, com os seis anos passados da queda das torres gêmeas, a sensação é que o mundo caminha a passos largos para um grande crash econômico, por conta da queda do mercado imobiliário americano. As crises recentes no mercado financeiro mundial exigiram a intervenção dos Bancos Centrais das grandes nações, como EUA, Alemanha,e Japão. O FMI disse que esta bolha poderá se alastrar pelo mundo e nenhum economista sabe dimensionar a dimensão deste crash.
Uma coisa é certa, por mais aterrorizante que seja o cenário dos dias atuais, não podemos nos esquecer que o Senhor Jesus nos exortou a não ficarmos assustados. O medo é péssimo conselheiro e todas estas coisas são necessárias para que o anticristo se manifeste como o homem do pecado, o filho da perdição. Sua revelação será feita em meio ao caos e a iniqüidade. Ademais precisamos fortalecer-nos no Senhor porque estes eventos somente demonstram que o fim ainda não veio, pois o dia do Senhor será ainda mais terrível do que todo cenário que possamos conceber. Quanto a nós, maior é o que está conosco do que o que está no mundo (I Jo 4:4), confiemos em Deus, portanto.
(1) http : / / ideiateca .blogspot.com / 2005 / 10 / rankings.html
(2) http : / / resistir.info / eua / aterrorizados.html
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